Proposta agora passa pela Casa Civil e segue para Assembleia Legislativa
Por Fórum Penitenciário Permanente
A Assessoria Técnico-Legislativa da Procuradoria Geral do Estado (PGE) concluiu a análise da Proposta de Emenda à Constitucional estadual (PEC) para regulamentar a Polícia Penal paulista. A PEC estava desde o final de junho na PGE e agora passa pela Casa Civil antes de ser encaminhada pelo governador João Doria à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde será debatida e votada.
A expectativa é que a PEC seja encaminhada na próxima semana para a Alesp e buscando celeridade na tramitação da proposta, o Fórum Penitenciário Permanente, formado pelo SIFUSPESP, SINDASP e SINDCOP, segue em diálogo articulado com os deputados estaduais.
Os membros do Fórum estão reunidos em Presidente Prudente nesta sexta-feira (11) para tratar, entre outras pautas da regulamentação da Polícia Penal e também do Projeto de Lei 529/2020, proposta de Doria que visa extinguir e privatizar diversas empresas e autarquias públicas, e que, se aprovada, vai transferir o Iamspe à iniciativa privada e ainda aumentar a alíquota de contribuição paga pelos servidores. Os sindicalistas também divulgarem um vídeo sobre o reunião (assista no final da matéria).
Apesar da construção coletiva da proposta, com a participação do Fórum no Grupo de Trabalho (GT) criado em janeiro pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), os sindicalistas recordam que a PEC tem que passar pelo crivo do governo estadual e que, além das ressalvas feitas pela PGE na análise, o texto original também pode ter outras alterações na Casa Civil.
Análise da PGE
Uma das questões pontuadas pela PGE é quanto à previsão de uma Lei Orgânica da Polícia Penal na PEC, outro passo necessário à regulamentação para reorganização das carreiras do sistema prisional paulista com a Polícia Penal. Na nota técnica, o Procurador José Renato Ferreira Pires afirma há entendimento contrário consolidado no Supremo Tribunal Federal, pois não é possível editar lei complementar estadual neste sentido sem que haja correspondência no ordenamento jurídico nacional.
A PGE também recomendou que a competência da Polícia Penal paulista esteja restrita aos estabelecimentos penais e orientou que, na alteração do texto da Constituição estadual, a denominação seja “Da Política Penitenciária e da Polícia Penal”, pois o Artigo 143 que trata do tema não será alterado, “continuará em vigor, não havendo portanto razão para exclusão da referência à política penitenciária do Estado”.
Quanto à vinculação da Polícia Penal à Secretaria de Administração, a PGE defendeu a exclusão desse ponto da PEC por tratar de tema de organização administrativa, não cabendo “à Constituição local determinar que órgãos serão vinculados a uma Secretaria de Estado”. No tange à SAP, “a Pasta foi criada por meio de lei ordinária” e, assim, pode ser alterada por decreto a qualquer tempo.
Confira a íntegra da análise e do texto da PEC.
Processo de regulamentação
A PEC da Polícia Penal de São Paulo é resultado da construção coletiva, com participação dos sindicatos da categoria GT criado em janeiro último pela SAP. A primeira etapa do GT cumpriu com a meta de criar a PEC, mas os trabalhos do grupo prosseguirão para debater e elaborar os demais passos jurídicos necessários à regulamentação.
Em maio, a PEC havia retornado à SAP devido à falta de parecer da consultoria jurídica, e passou por análise pela Assessoria Técnico-Legislativa da PGE do final de junho até o começo deste mês de setembro, e seguirá agora da Casa Civil para apreciação e votação na Alesp.
Caso a PEC sofra alterações durante a tramitação, em desacordo com as reivindicações da categoria, é na Assembleia Legislativa onde ocorrerão os debates finais em diálogo com os deputados estaduais antes da votação. A aprovação depende de voto favorável de três quintos dos deputados.
Para votação na Alesp, a PEC precisa ser publicada no Diário da Assembleia, é debatida em três sessões ordinárias e as emendas só podem ser feitas na fase de pauta do tema na mesa da presidência, de acordo com o regimento interno da Casa.
Reinaldo Soriano atua como secretário-geral do sindicato
por Giovanni Giocondo
O diretor do SIFUSPESP Reinaldo Duarte Soriano foi internado na tarde desta quinta-feira(10) no Hospital Beneficência Portuguesa, em Bauru, no interior do Estado, com suspeita de contaminação pelo coronavírus.
O policial penal trabalha atualmente no Centro de Progressão Penitenciária(CPP) I de Bauru e faz parte da gestão “Lutar para Mudar” desde 2017, exercendo atualmente a função de secretário-geral do sindicato.
Soriano estava com os sintomas da doença havia uma semana, isolado em sua casa, e a internação aconteceu hoje por recomendação médica, o que inclui a utilização de um respirador mecânico, já que seus pulmões estão com a capacidade comprometida.
O diretor do Departamento Jurídico do SIFUSPESP, Wellington Braga, está acompanhando o caso de perto, assim como o presidente do sindicato, Fábio Jabá, que já entrou em contato com os familiares do companheiro para prestar apoio total diante desse quadro de dificuldades.
Assim que o boletim médico for atualizado, serão trazidas mais informações sobre o estado de saúde de Reinaldo Duarte Soriano. A diretoria do SIFUSPESP que ele tenha plena recuperação e possa em breve estar ao lado de todos os companheiros para continuar exercendo seu trabalho.
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por Giovanni Giocondo
Policiais penais apreenderam centenas de unidades da droga K4 nas Penitenciárias I e II de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo.
O primeiro caso aconteceu na Penitenciária II, na terça-feira(08), onde os 470 papéis do entorpecente estavam escondidos em tampas de embalagens de sabão que haviam sido enviadas por correspondência por um familiar de um preso.
Já na quarta-feira(09), mais 320 micropontos da substância foram encontrados pelos servidores dentro de embalagens de doces que também vieram endereçadas a um detento.
As drogas foram encaminhadas para o distrito policial mais próximo, onde foi lavrado boletim de ocorrência sobre o caso.
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