Servidor sofria de diabetes e faleceu em virtude de um infarto
Atualizada às 18h16 de 07/08/2021
por Giovanni Giocondo
O SIFUSPESP comunica com imenso pesar o falecimento do policial penal João Bosco Moreira Alves, ocorrido neste sábado(07).
Lotado no Centro de Detenção Provisória(CDP) I do Belém, na zona leste de São Paulo, o servidor morreu devido a um infarto. Ele fazia tratamento contra o diabetes e acabou tendo o ataque do coração, que foi fulminante.
O velório acontecerá neste domingo(08) em Suzano, na região metropolitana da capital. O endereço é rua Waldemar Cusma, 173, bairro Vila Colorado, das 8h às 10h da manhã.
Aos familiares e amigos do servidor, o sindicato dedica seus sentimentos e se coloca à disposição para prestar todo auxílio que for necessário neste momento tão difícil.
Durante o banho de sol, detentos do semiaberto foram flagrados manuseando pacotes que continham aparelhos. Blitze nas celas revelou mais equipamentos eletrônicos, e ocorrência vai ensejar pedido à Justiça para que sentenciados regridam para o regime fechado
por Giovanni Giocondo
O trabalho em conjunto dos policiais penais da Penitenciária 2 de São Vicente, no litoral paulista, permitiu que quatro celulares e fones de ouvido arremessados por suspeitos para a ala de progressão da unidade fossem apreendidos nesta sexta-feira(06). Ao lado dessa área, existe uma mata fechada
Os pacotes que continham os aparelhos telefônicos haviam sido recolhidos por detentos do regime semiaberto que estavam no horário do banho de sol, mas que acabaram flagrados pelos servidores manuseando o material.
Após a apreensão dos celulares, os policiais penais se dirigiram às celas desses sentenciados, onde foi realizada uma blitze e encontrados mais aparelhos telefônicos.
Em razão do flagrante, a equipe responsável adotou os os procedimentos necessários para que seja solicitada à Justiça a regressão dos detentos para o regime fechado.
Para o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, a criminalidade tem intensificado as tentativas de arremesso nas alas de progressão e nas unidades prisionais de regime semiaberto porque já percebeu o avanço do déficit funcional. Em São Vicente, são dois policiais penais para cobrir a vigilância de uma área onde ficam cerca de 300 presos.
“É humanamente inviável continuar trabalhando dessa forma sem que novos delitos aconteçam, e é por esse motivo que os servidores têm de ser parabenizados, por terem conseguido impedir que os celulares chegassem às mãos dos sentenciados. Mas até quando todos vão ter de continuar se desdobrando sem que exista uma ação efetiva por parte da secretaria para que esse cenário mude?” questiona o sindicalista.
Servidor sofreu ferimento no nariz após ser atacado por um detento quando estava retornando com outro sentenciado para o setor de Regime de Cela Disciplinar(RCD). De acordo com informações apuradas pelo SIFUSPESP, unidade foi inaugurada em dezembro com gigantesco déficit funcional
por Giovanni Giocondo
Um policial penal da recém-inaugurada Penitenciária de Registro, no Vale do Ribeira, sofreu ferimentos no nariz e precisou ser internado em um hospital após ser agredido por um detento na última segunda-feira(02). A ocorrência só chegou ao conhecimento do SIFUSPESP neste sábado.
De acordo com as informações apuradas pelo sindicato, o ataque aconteceu quando o servidor trazia um preso de volta do atendimento no parlatório para o setor do Regime de Cela Disciplinar(RCD), e acabou empurrado por outro sentenciado, com quem entrou em luta corporal. No chão, o policial penal conseguiu se desvencilhar, correr e chamar apoio pelo rádio, e somente assim foi possível conter o detento. O sindicato pedirá a transferência do criminoso para o Regime Disciplinar Diferenciado(RDD) de Presidente Bernardes.
As informações fornecidas ao SIFUSPESP também dão conta de que para esse tipo de procedimento de retorno dos presos às celas em Registro, os servidores têm atuado sozinhos e quase que “à própria sorte”, já que não há zelador no RCD, e portanto não existe contato visual de outros funcionários entre o que acontece durante essa movimentação interna. O policial só foi salvo porque estava com o rádio e teve astúcia para escapar.
Inaugurada em dezembro de 2020, a Penitenciária de Registro já está sob imenso déficit funcional, à semelhança do que tem ocorrido em quase todas as unidades do sistema prisional paulista. E também superlotada. Com capacidade para 823 sentenciados, já possui atualmente uma população de 1.079.
O SIFUSPESP insiste em pressionar a Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) quanto à irresponsabilidade que o Estado tem ao manter os servidores sob exaustão e diante de enormes riscos à sua segurança por trabalharem em condição de baixo efetivo nos estabelecimentos penais de São Paulo.
As agressões a policiais penais acontecem de forma comum em unidades onde há déficit, já que os detentos observam a falta de funcionários para tentarem promover tumultos, e seu primeiro alvo acaba por ser sempre o trabalhador, que mesmo que escape com ferimentos sem gravidade, levará para sua vida inteira o trauma de ter sofrido o atentado.
Dados oficiais da SAP divulgados em 30 de abril deste ano mostram que o buraco no quadro funcional na segurança e custódia das unidades disparou entre 2020 e 2021. No ano passado, faltavam 4.099 policiais penais da carreira de agente de segurança penitenciária no sistema, número que subiu para 4.869 neste ano.
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