A direção do SIFUSPESP informa com profundo pesar o falecimento do policial penal Rodrigo dos Santos Rodrigues, da Penitenciária de Taquarituba, que morreu nesta sexta-feira (14) vítima de um acidente de carro, aos 33 anos.
Servidor penitenciário há seis anos, Rodrigues trabalhou em Itapetininga na época em que o Centro de Ressocialização (CR) era feminino, e seus irmãos Sidney e Valdeci também são trabalhadores do sistema.
Rodrigues deixa a esposa, que é policial militar, um casal de filhos, muita tristeza e o luto dos familiares e do corpo funcional de Taquarituba.
O velório ocorre a partir das 12h e o sepultamento é às 16h, no Cemitério Municipal de Itaberá.
O SIFUSPESP está à disposição da família para tudo o que for necessário neste momento, e expressa seu profundo pesar e condolências.
Com demora no envio da reforma administrativa para o Congresso e após debandada da ala privatista na equipe do Ministério da Economia, grande imprensa usa informações manipuladas de instituto que defende “limites institucionais à ação do governo” sobre custo de salários do funcionalismo e investimentos em setores essenciais - entre eles saúde, educação e segurança - para justificar cortes e possíveis demissões
por Giovanni Giocondo
Os representantes do capital financeiro e especulativo não estão satisfeitos com o ritmo da reforma administrativa do governo Bolsonaro, cuja proposta ainda não foi enviada para o Congresso Nacional. Mais do que isso, começaram a utilizar sua fluência na grande mídia nacional para divulgar dados oficiais com um recorte de seu próprio interesse, emitir opiniões em artigos e entrevistas e tentar, desesperadamente, manter no cargo o ministro da Economia, Paulo Guedes - maior representante de seus anseios privatistas - para justificar as futuras demissões e cortes de salários no serviço público.
A chapa de Guedes esquentou na última terça-feira (11), quando o secretário especial de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e o secretário Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uedel, pediram demissão e se juntaram a outros seis membros da equipe do ministro a deixarem o governo - segundo fontes internas colhidas por jornalistas como Miriam Leitão e Valdo Cruz, da Globo News - insatisfeitos com os rumos da agenda liberal dentro da atual gestão. De acordo com podcast “O Assunto”, da jornalista Renata Lo Prete, também da Globo News, o projeto de Guedes “implodiu” porque o governo não está cumprindo com o programa econômico que o elegeu. Ouça aqui
Paralelamente, a Rede Globo veiculou em matéria de destaque nesta quarta-feira (12) no seu maior noticiário, o Jornal Nacional, dados do Instituto Millenium sobre os gastos da União, dos Estados e dos municípios com os salários dos servidores na comparação com os investimentos em saúde, educação e segurança, entre outros setores que demandam investimentos públicos e são considerados essenciais. Segundo a matéria, disponível neste link, os vencimentos do funcionalismo, em 2019, representaram 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que a verba para a educação foi de 6% e para a Saúde, de 3,9% de todas as riquezas produzidas pelo país no ano passado.
Ocorre que essas informações manipularam os dados oficiais. Não incluíram, nos investimentos em saúde e educação, os salários dos servidores. Fizeram o oposto, como se o investimento nesses setores fosse menor por culpa do excesso de gastos com salários e não houvesse necessidade do trabalhador em seu posto.
Não há como um aluno ter uma aula sem professor, tampouco um paciente ser atendido em um hospital público sem a existência de um enfermeiro ou de um médico. Também esqueceram de mencionar que a maioria dos servidores públicos não recebe altos salários. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) mostram que, em 2018, metade do funcionalismo recebia até 3 salários mínimos, ou R$ 2,9 mil, para valores da época. A pesquisa completa divulgada pela revista piauí e disponível neste link. A minoria, ou 3% dos servidores, recebe acima de 20 salários mínimos.
Dentro do sistema prisional, também é possível dizer que não há como o próprio sentenciado cumprir sua pena sem a existência da figura do policial penal em todas as suas funções de custódia e vigilância, além dos profissionais das áreas técnicas, operacionais, administrativas, de saúde e assistência social, responsáveis pelo atendimento das inúmeras demandas dos detentos, advogados, familiares e da Justiça.
Em São Paulo, a média salarial do servidor penitenciário também não ultrapassa essa mesma faixa, de R$ 3 mil, o que demonstra que na segurança pública também não existem privilegiados que precisam entrar na tesoura e, com isso, “melhorar a eficiência do serviço público a partir da reforma administrativa”, como defende Guedes através de seus interlocutores na grande mídia. Se ele perde espaço no governo, há de se buscar formas de mantê-lo respirando, mesmo que por um respirador mecânico.
Mais. Quando diz que os salários dos servidores públicos são 8% maiores que a dos trabalhadores privados no Brasil, para a mesma função, com base em um estudo do Banco Mundial (BID), a reportagem omite que a mesma instituição analisou um conjunto de 53 países e a média de ganho dos servidores acima dos funcionários privados - se forem computadas todas essas nações - é de 21%, bem acima da média brasileira.
Nesse sentido, as pretensões do Instituto Millenium em cavar a pauta na Rede Globo e tentar difundir pelo Brasil que são os servidores públicos os responsáveis pela derrocada da economia são bastante conhecidas. A organização que Paulo Guedes ajudou a fundar é dita “sem fins lucrativos” e que “promove valores e princípios que garantem uma sociedade livre, como liberdade individual, direito de propriedade, economia de mercado e limites institucionais à ação do governo”.
Ora, mas para que os gastos sejam reduzidos e o serviço público funcione, o que propõe o instituto? Tal qual as inúmeras falácias do ministro da Economia, são apenas números jogados ao vento e nenhum projeto além de cortes no orçamento dos serviços públicos essenciais, com prejuízo direto para a maioria da população que desses serviços depende.
Enquanto os projetos de desestatização e privatização das estatais patinaram e levaram seus arautos dentro da máquina a pedirem as contas, os liberais arregaçaram as mangas e trabalham nos bastidores para, pelo menos, aprovarem a reforma administrativa.
O economista Alexandre Schwartzman, ex-diretor do Banco Central, disse em entrevista nesta quarta-feira (13) ao jornal O Estado de São Paulo que Bolsonaro “desmoraliza o liberalismo mais que qualquer presidente de esquerda” porque há descompasso com Paulo Guedes na agenda. Afirmou ainda que o ministro “é um cara sem profundidade” e que falou muito em números para uma plateia que o aplaudiu pelo show, mas o dinheiro não apareceu. “O programa de desestatização foi um fracasso. Por isso Salim [Mattar] saiu. Quando se falou em privatizar Banco do Brasil, Caixa, Eletrobrás, Petrobras e Correios, era conversa fiada. O mercado já tinha colocado fora da conta. O trilhão que ele [Paulo Guedes] prometia com a venda das estatais já tinha ido para o saco”, arrematou.
Por Redação SIFUSPESP
A oficial administrativa Tânia Regina de Souza Bento, do Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha, está precisando com urgência de doações de sangue. Vítima do novo coronavírus, ela está internada há mais de um mês e entubada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Irmãos Penteado, em Campinas.
As doações podem ser feitas no próprio hospital, que fica na Av. Júlio Mesquita nº 571, no bairro Cambuí, em Campinas, informando o nome da policial penal.
O SIFUSPESP e a policial penal contam com a solidariedade da categoria.
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