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Alimentos haviam sido enviados pela mãe de sentenciado

 

por Giovanni Giocondo

Policiais penais apreenderam celulares enviados pela mãe de um preso que cumpre pena no Centro de Detenção Provisória(CDP) de Sorocaba, no interior paulista.

Os equipamentos eletrônicos estavam escondidos dentro de biscoitos, que acabaram detectados durante a revista feita na correspondência, encaminhada na última quinta-feira(13).

Enquanto a mulher foi suspensa do rol de visitas, o preso foi isolado no pavilhão disciplinar e terá sua conduta apurada por uma investigação interna.

Os policiais penais ainda registraram um boletim de ocorrência no distrito policial mais próximo do CDP, para onde foram levados os celulares apreendidos.

Servidora faleceu nesta segunda-feira(16) vítima de insuficiência respiratória

 

por Giovanni Giocondo

Com imenso pesar, o SIFUSPESP comunica o falecimento da policial penal Solange Aparecida Riquelme de Oliveira.

A servidora tinha 60 anos de idade, e morreu vítima de insuficiência respiratória, além de ter sofrido com problemas nos rins.

Solange Aparecida Riquelme de Oliveira trabalhava no Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de São Vicente, além de também ter atuado na Penitenciária Feminina de Santana. Ela contava com 11 anos de serviços prestados ao sistema prisional.

A policial penal era casada e não tinha filhos, mas deixa o cãozinho Zé Maurício(foto), que ela amava muito e com quem fazia questão de estar sempre ao lado.

Solange receberá as últimas homenagens nesta terça-feira(17) no Cemitério São Pedro, em São Paulo, das 12h às 16h, e a seguir seu corpo será cremado no crematório Vila Alpina, zona leste da capital.

A todos os familiares e amigos da policial penal, o sindicato presta suas condolências.

SIFUSPESP apoia campanha nacional encampada por instituto em busca de mais diálogo sobre os transtornos que acometem os trabalhadores do setor em meio a um cenário ainda caótico de mazelas e violências que assombram a vida dentro dos muros

 

por Giovanni Giocondo

Quando o ano se inicia, muitos dos olhares da sociedade brasileira estão voltados ao período de recesso e de sua consequente retomada das atividades cotidianas por parte dos trabalhadores comuns nos diferentes setores da economia. Alguns, por outro lado, guardam parte de seu tempo para refletirem sobre os próximos movimentos de seu futuro.

Para os servidores do sistema prisional, que não podem interromper sua jornada nesse período devido à complexidade de sua atuação na segurança pública, salvo as raras exceções daqueles que conseguem contemplar suas férias neste mês, janeiro precisa necessariamente ter como foco os cuidados e a atenção com a saúde mental.

Este é o mote da campanha “Janeiro Branco”, criada por um instituto homônimo que coordena e incentiva este trabalho preventivo. Em sua página oficial, a entidade diz ser “um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. Apoiada pelo SIFUSPESP, a campanha de 2023 traz em seu bojo a máxima de que “A Vida pede Equilíbrio”.  Saiba mais no site: https://janeirobranco.com.br/

O diretor de Saúde do sindicato, Apolinário Vieira, entende que não são poucos os registros de casos de trabalhadores penitenciários que, devido ao fato de não dialogarem com colegas, amigos, familiares e profissionais da psicologia sobre suas angústias, medos e traumas causados muitas vezes pela dura rotina do labor no cárcere.

E a ausência da escuta a respeito dessas mazelas infelizmente acaba por levar muitos à depressão, ao desenvolvimento de variadas síndromes originadas do estresse que campeia dentro dos muros, levando parte dos servidores a sofrer de crises permanentes de compulsão alimentar, uso de álcool e medicamentos controlados, entre outros transtornos.

Notadamente, essas “fugas” e compensações não conseguem conter o avanço de um quadro crônico de deterioração da mente destes seres humanos, fazendo com que parte deles apele a outras atitudes desesperadas e violentas, entre elas o suicídio.

Pensando nos aspectos que tantos danos causam à saúde mental desses trabalhadores, exemplificados pela voraz superlotação das unidades prisionais, o insistente déficit funcional e a falta de apoio por parte do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE) para o atendimento multidisciplinar e célere das vítimas de transtornos psicológicos e psiquiátricos, o SIFUSPESP coloca o diálogo entre a categoria e a adoção de políticas públicas por parte do novo governo do Estado nessa área como prioridades para que a atenção à saúde mental seja feita, permanentemente, “de janeiro a janeiro”.

“Precisamos conversar entre nós mesmos, compreender uns aos outros, e não guardar conosco os problemas que tanto nos aflige e que muitas vezes podem ser solucionados com base na conversa com um amigo ou um familiar” expressa Apolinário Vieira.  “Se estivermos nos sentindo mal, precisamos falar sobre isso. E se vermos alguém em uma situação preocupante, devemos ouvi-lo e estender nossa mão”, define.

Paralelamente a isso, o diretor de Saúde do SIFUSPESP coloca como fundamental que o Palácio dos Bandeirantes encare o desafio de cuidar de seus servidores, daqueles que atendem à sua população, com apoio não só à campanha Janeiro Branco, como também com a aplicação na prática da Lei 12.622/2007, que instituiu o Programa de Saúde Mental dos Agentes de Segurança Penitenciária(ASPs), atualmente chamados de “policiais penais”

“A legislação prevê que o governo estadual crie um programa que avalie, planeje e fiscalize as atividades voltadas à saúde mental, e que dê aos sindicatos a prerrogativa de ter acesso a essas informações e inclusive participar dessa organização, tendo como objetivo principal o bem estar psicossocial dos trabalhadores por meio de ações preventivas e assistência integral àqueles “acometidos de transtorno mental”, explica Apolinário Vieira.

Até o momento, no entanto, essa política não saiu do papel. “Pensamos portanto que para alterar essa perspectiva, o princípio basilar deverá ser a adoção de medidas que nos protejam desse adoecimento psíquico constante. Seja com campanhas internas nas unidades, nas coordenadorias e na Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), seja com a ampliação do atendimento no IAMSPE, precisamos de ajuda”, completa.

Para concluir, o diretor de Saúde do SIFUSPESP esclarece que o sindicato estará sempre à disposição para levar adiante essa mensagem de esperança, “pois enquanto representante dos servidores do sistema prisional, quer que, em primeiro lugar, eles tenham acesso a um dia a dia menos violento, traumático e com respeito às suas individualidades. Que sua qualidade de vida seja alta, sua dedicação às atividades, recompensada, e sua família e amigos possam aproveitar o convívio com ele em seus melhores momentos por mais tempo.

 

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