Ocorrência envolvendo ao menos três presos foi registrada nesta quarta-feira(20). Unidade já havia sido alvo de rebelião seguida de fuga de centenas de presos em março do ano passado
por Giovanni Giocondo
Pelo menos três detentos fugiram nesta quarta-feira(20) do Centro de Progressão Penitenciária(CPP) de Porto Feliz, no interior do Estado. De acordo com informações oficiais, os presos estão sendo neste momento procurados por policiais militares.
A unidade prisional havia sido atingida por um violento motim seguido de fuga em 16 de março do ano passado. Na ocasião, cerca de 300 sentenciados depredaram as dependências do CPP e atearam fogo em um canavial que fica ao lado da unidade, fugindo a seguir e causando pânico na população.
Ações semelhantes ocorreram naquele mesmo dia nos CPPs de Mongaguá, Tremembé e Valparaíso, além da Penitenciária I de Mirandópolis e no Centro de Ressocialização(CR) de Sumaté, quando os presos se revoltaram após serem avisados de que a Justiça havia decidido suspender as saídas temporárias e o trabalho externo quando do início da pandemia do coronavírus.
As circunstâncias da ocorrência ainda não foram esclarecidas, mas o SIFUSPESP está buscando informações atualizadas sobre o caso, que serão publicadas em nosso site e redes sociais assim que forem confirmadas.
por Giovanni Giocondo
Policiais penais apreenderam no último sábado(16), na Penitenciária de Presidente Bernardes, 12 papéis contendo a droga sintética conhecida como K4.
O entorpecente havia sido trazido por uma mulher que faria visita a um detento que cumpre pena na unidade.
O flagrante aconteceu após ela ser submetida ao scanner corporal, que estavam escondidos sob peças de roupa.
A mulher foi encaminhada ao distrito policial para registro de ocorrência, além de ter sido suspensa do rol de visitas. Um procedimento de apuração interno foi instaurado para investigar a participação do sentenciado no crime.
Resolução publicada pela SAP no Diário Oficial desta terça-feira(19) aplicou demissão a policiais penais da Penitenciária de Iperó em clara tentativa do Estado de intimidar a categoria. Batalha pela manutenção dos postos desses trabalhadores continua na Justiça, enquanto momento é de união e solidariedade em prol dos companheiros de sistema
por Giovanni Giocondo
O SIFUSPESP e o SINDASP-SP já acionaram seus respectivos Departamentos Jurídicos para recorrer da decisão da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), que demitiu policiais penais lotados na Penitenciária de Iperó por terem participado da greve da categoria em 2014. A punição ao grupo que sofria processos administrativos(PADs) foi publicada mediante resolução interna da pasta no Diário Oficial desta terça-feira(19).
Os servidores já haviam recebido apoio das diretorias e dos advogados do SIFUSPESP e do SINDASP-SP desde o início do processo. A defesa desses servidores, além de ser uma promessa de campanha da chapa “Lutar para Mudar”, eleita para a diretoria do SIFUSPESP em 2017, também foi uma forma de demonstrar união da categoria para fazer valer o direito histórico de todos os trabalhadores de adotarem o movimento paredista para protestar em favor de sua valorização profissional.
O presidente do SINDASP-SP, Valdir Branquinho, destaca que os sindicatos já estão em contato com os policiais penais alvo das penalidades para auxiliar com todas as medidas jurídicas cabíveis e quaisquer outras demandas. “Alguns deles estavam prestes a se aposentar, com mais de 20 anos de sistema, e nós vamos lutar na Justiça até que todos sejam reintegrados ao trabalho”, explicou. Assim que os Departamentos Jurídicos do SIFUSPESP e do SINDASP-SP tiverem acesso aos autos do processo, serão impetrados os recursos administrativos necessários.
Para os sindicatos, a decisão da SAP tem como objetivo intimidar os demais servidores do sistema prisional, mesmo aqueles que não integraram a greve em 2014. “A punição é desmedida, e afeta de maneira desproporcional pessoas que simplesmente acompanharam as ações de um movimento organizado de trabalhadores, lutando por salários mais dignos e um ambiente menos nocivo para sua atuação”, menciona o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá.
Ainda de acordo com o sindicalista, este é um momento em que a categoria deve demonstrar união e fornecer solidariedade aos companheiros de sistema enquanto os advogados agem para defender os cinco servidores punidos na Justiça. “O governo quer nos calar usando esses guerreiros como bodes expiatórios para seus objetivos de censurar qualquer voz discordante. Quando é greve, eles querem punir mesmo. Não podemos aceitar essa arbitrariedade e por esse motivo precisamos estar juntos”, prosseguiu.
Jabá acrescenta que essas demissões são símbolos bastante claros da tentativa de o Estado demonstrar força em um momento de instabilidade e insustentabilidade completas do sistema, quando não há mais como se justificar o abandono ao qual as unidades prisionais e seus servidores estão submetidos. “É uma punição ilegal, que assusta a categoria, e somente unidos conseguiremos enfrentá-la e deixar de ser subjugados”, finaliza.
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