Ato público acontecerá no Belém, zona leste de São Paulo, durante formatura de ASPs de 2014, que já finalizaram curso de formação técnico-profissional
por Giovanni Giocondo
Em nova manifestação pública por “Chamadas Já!”, os candidatos aprovados no concurso público para o provimento de cargos de policiais penais da carreira de agente de escolta e vigilância penitenciária(AEVP) de 2014 estarão nesta terça-feira(15) no bairro do Belém, zona leste de São Paulo, a partir das 9h.
A escolha da data, da ocasião e do local não é mera coincidência. Neste dia, acontecerá a formatura dos agentes de segurança penitenciária(ASPs) remanescentes do certame de 2014 que foram aprovados no curso de formação técnico-profissional da Escola de Administração Penitenciária (EAP) e já estão aptos a iniciar seu trabalho.
A cerimônia será realizada na rua João Tobias, 271, onde fica um templo da igreja Assembleia de Deus. A ideia dos candidatos é chamar a atenção das autoridades presentes para a necessidade de milhares de nomeações no setor de escolta e vigilância, com o objetivo de reduzir o déficit funcional que se aprofunda sobre o sistema prisional paulista e o torna cada vez mais inseguro.
Simultaeamente, os AEVPs buscam obter o mesmo sucesso dos colegas ASPs. Somente após muitas manifestações ao longo dos últimos anos, esses servidores agora formados conseguiram finalmente ser convocados para o exercício do cargo, o que só se materializou no segundo semestre de 2021.
É o segundo ato do grupo em menos de uma semana. Na última sexta-feira(11), cerca de 60 candidatos estiveram em frente à sede da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) para reivindicar as chamadas. O protesto contou com apoio do SIFUSPESP, que estará novamente ao lado dos futuros policiais penais.
As lideranças prometem continuar com a agenda de manifestações até que a pasta solicite oficialmente ao governo do Estado a autorização para dar o provimento aos cargos.
De acordo com revelações obtidas pelo SIFUSPESP junto ao Portal da Transparência do governo do Estado, a SAP dispõe, desde 2016, de um orçamento da ordem de R$12 milhões por ano para fazer as nomeações desses AEVPs, mas tem devolvido o dinheiro apesar de o Palácio dos Bandeirantes gastar, a cada 12 meses, o equivalente a R$80 milhões com o pagamento de 6 mil policiais militares que fazem as escoltas no interior.
Dados atualizados em abril de 2021 pela SAP mostram que existiam, no ano anterior, 3.364 cargos vagos de AEVPs. O levantamento de 2022 deve apresentar um déficit ainda maior, já que nenhum dos candidatos aprovados no concurso de 2014 foi chamado e, desde então, o número do efetivo só tem se reduzido em todas as unidades prisionais do Estado.
Sentenciado usou corda para enforcar companheira neste domingo(13). É o segundo caso de feminicídio registrado em apenas um mês no sistema prisional de São Paulo. Em fevereiro, outra mulher foi morta por detento na Penitenciária II de Presidente Venceslau
Atualizada às 21h26
por Giovanni Giocondo
Mais um episódio de feminicídio foi registrado neste domingo(13) no sistema prisional de São Paulo. O caso aconteceu na Penitenciária I de Mirandópolis, onde um preso enforcou sua própria companheira com uma corda - que ele mesmo havia confeccionado, durante o período em que ela lhe fazia a visita. No dia 13 de fevereiro, na Penitenciária II de Presidente Venceslau, outro sentenciado, além de enforcar a mulher, ainda a atirou no pátio da unidade, do piso superior.
De acordo com os policiais penais que atenderam a ocorrência, o detento confessou o crime. Ele ainda teria raspado a cabeça da mulher antes de matá-la. A polícia civil foi acionada pelos servidores, que permaneceram à disposição durante todo o registro do caso e prestaram depoimento.
Um delegado também ouviu pessoalmente o sentenciado e seus colegas de cela para tentar entender o motivo do homicídio. O preso já está afastado do convívio com os demais.
Conforme os relatos dos policiais penais, a mulher foi a única que não deixou o raio 1 da unidade logo após o término do período de visitas deste domingo, o que gerou a suspeita de que havia algo errado. Poucos instantes depois, o preso informou que ela estava morta dentro da cela, enquanto outros detentos trouxeram o corpo, protegido por um lençol.
Não é possível relacionar os crimes cometidos em Venceslau e em Mirandópolis, mas o fato de ambos os autores terem utilizado do mesmo recurso para causar o óbito - enforcamento - causa preocupação mediante uma possível escalada de violência nas unidades.
O SIFUSPESP continuará acompanhando os desdobramentos da ocorrência e vai fornecer informações atualizadas a respeito do tema assim que elas forem divulgados oficialmente.
Servidora tinha apenas 48 anos e morreu neste domingo(13), vítima de infarto
por Giovanni Giocondo
Com imenso pesar, o SIFUSPESP comunica o falecimento da enfermeira Andréa Alves do Valle, de 48 anos. A servidora morreu neste domingo(13), após sofrer um infarto do miocárdio.
Andréa trabalhava atualmente como diretora de Saúde do Centro de Detenção Provisória(CDP) de Álvaro de Carvalho, e também já havia passado pelas Penitenciárias de Getulina e no Centro de Ressocialização de Lins.
O velório está acontecendo em Lençóis Paulista, município onde também acontecerá o sepultamento nesta segunda-feira, às 9h da manhã.
O sindicato presta suas condolências a todos os familiares de Andréa, e lamenta muito pela perda tão precoce da guerreira, que tantos bons serviços prestou ao sistema prisional paulista.
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