Revista Época, em matéria do dia 23 de março, faz análise das reações do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, a respeito das transferências dos membros d PCC para os presídios da sua unidade federativa. Leia:
De Guaracy Mingardi
O Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, nos últimos dias travou uma discussão midiática com o Ministro da Justiça. Segundo ele Moro teria cometido um erro crasso ao transferir os líderes do PCC que estavam em Rondônia para o presídio Federal do DF. Também disse que o ministro não entendia nada de segurança pública.
Essa crítica está, ao mesmo tempo, certa e errada. Certa porque o ministro não demonstrou, até o momento, ter qualquer noção do que fazer para melhorar a segurança da população brasileira. E errada na questão das lideranças do PCC ficarem em Brasília.
A atitude do governador é até compreensível. Ninguém quer um presídio perto de casa. As pessoas têm medo de fugas, rebeliões e das mudanças causadas no entorno. Quando um é instalado, o afluxo de parentes e advogados faz crescer o comercio informal e, algumas vezes, provoca um aumento da criminalidade. Por isso que não se constroem penitenciárias em regiões nobres, onde a população tem maior poder de pressão sobre o Estado.
Segundo Ibaneis, o PCC já está no sistema penitenciário do Distrito Federal, e a presença de Marcola e companhia iria agravar o problema. Na realidade o sistema federal e o de Brasília não são ligados, os presos de um não tem contato com os de outro. Sendo assim o contágio que ele teme dificilmente irá ocorrer. Quanto a existência do PCC em Brasília, o número de filiados é relativamente pequeno, muito menor que na maioria dos estados. Portanto a alegação não procede.
Leia mais em: https://epoca.globo.com/opiniao-erros-acertos-nas-transferencias-dos-presos-membros-do-pcc-23554631
Cascavel - O Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná) quer que sejam suspensas as transferências de presos para a PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) até que não ocorra a contratação de novos agentes para trabalhar no local e que as obras de recuperação do bloco interditado após a rebelião de 2017 sejam concluídas.
Entenda a visão do sindicato:
O SINDARSPEN protocolou nesta quarta-feira (20) um documento solicitando ao Departamento Penitenciário do Paraná a imediata suspensão de transferência de presos para a Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), enquanto não houver contratação de agentes para trabalhar na unidade e não forem concluídas as obras no bloco que está interditado há mais de um ano.
Com capacidade para 960 presos, desde novembro de 2017, quando aconteceu a última rebelião na unidade, a PEC está com somente dois dos três blocos que possui em funcionamento, podendo operar com apenas 576 vagas. No entanto, há hoje cerca 850 presos no local.
A situação fica ainda mais tensa na penitenciária em decorrência da falta de servidores para trabalhar na unidade. São, em média, 27 agentes por plantão (entre efetivos e temporários contratados via PSS) para fazer a custódia e movimentação de toda a massa carcerária, o que dá uma proporção de 31 presos para cada agente, quando o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça determina que essa proporção seja de 5 presos para cada agente. Ou seja, a PEC tem 6 vezes menos agentes do que deveria para obedecer os padrões de segurança.
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