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Os funcionários do sistema prisional paulista estão em luto. Na noite passada o ASP Marcos Azenha, servidor do CDP de Taiúva, foi covardemente assassinado com 15 tiros na frente de sua esposa. Ainda não se tem informações sobre o que motivou o crime. Uma equipe do DHPP deve chegar a Taiúva amanhã para começar a investigação do assassinato.

De acordo com os relatos, a esposa de Marcos estava chegando em casa no domingo à noite quando foi abordada por bandidos na porta de casa. O marido saiu para ver o que estava acontecendo e levou 15 tiros. Após a liberação no IML o corpo do agente foi encaminhado para Santo Anastácio, onde acontece o velório e cerimônia fúnebre nesta terça-feira às 9h.

Marcos Azenha tinha 47 anos e trabalhava na parte administrativa do CDP de Taiúva (com o pecúlio).

João Alfredo de Oliveira, Secretário Geral do SIFUSPESP, está em Taiúva para acompanhar o caso e conversou com os colegas de trabalho de Marcos. Ele é tido como uma pessoa sossegada, tinha pouco contato com os presos da unidade, e não se tem notícia de que estava sofrendo alguma ameaça.

“Os funcionários estão abalados com o crime. Conversei com o pessoal, o sentimento é de revolta e medo, já que ninguém sabe o que pode ter motivado o assassinato do colega. A unidade está na tranca, e os funcionários querem que não haja visita no final de semana”, relatou João Alfredo.

5º ASSASSINATO

Marcos Azenha é o quinto agente do sistema prisional paulista executado em circunstâncias parecidas desde agosto. A sequência de crimes está assustando a categoria, que guarda ainda na memória os atentados de 2006. Dos cinco assassinatos de agentes deste semestre, em apenas um os criminosos foram identificados.

Os primeiros casos deste semestre aconteceram em agosto em Praia Grande. No espaço de uma semana aconteceram três atentados contra agentes da região. Um AEVP tentou matar um ASP, disparando sete tiros. O ASP sobreviveu, mas o AEVP (Paulo Alexandre Ribeiro Rosa, 44 anos) apareceu morto horas depois (e teve a língua cortada), em 16 de agosto. Na outra semana, 21 de agosto, bandidos dispararam cerca de 60 tiros contra o diretor do CDP, Charles Demitri – os bandidos foram identificados pela polícia, mas seguem foragidos.

Em 09 de setembro dois ASPs de Osasco foram abordados por bandidos enquanto se dirigiam para o trabalho. Um dos bandidos acertou vários tiros em Agnaldo Barbosa Lima, que morreu na hora. O outro ASP que o acompanhava conseguiu fugir ileso.

Em 07 de outubro bandidos fizeram uma emboscada contra o ASP Cleoni Geraldo Lima, 50 anos, chefe de portaria do CPP Ataliba Nogueira em Hortolândia. Ele estava chegando em casa quando um veículo parou ao seu lado e os ocupantes passaram a disparar tiros. O agente tentou fugir, mas não conseguiu. Ele faleceu na hora.

SEMELHANÇAS

Com exceção do AEVP Paulo Alexandre, de Praia Grande, executado depois de tentar matar um colega ASP, todos os outros quatro casos apresentam semelhanças que precisam ser observadas.

Os agentes estão sendo assassinados quando estão próximo da residência – dois foram mortos quando chegavam à casa; o ASP Agnaldo, de Osasco, estava saindo de casa; e Marcos, morto ontem, estava em casa e saiu para ver o que acontecia com a sua esposa, que tinha sido rendida pelos bandidos na porta de casa.

Outra semelhança é quanto à quantidade de tiros disparados nos assassinatos. Todos os agentes assassinados desde agosto receberam muitos tiros. Isso é sinal de execução.

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