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Diretores do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo estiveram, semana passada, na Penitenciária Compacta de Paraguaçu Paulista para conversar com os funcionários e com a direção da unidade sobre problemas na rotina dos trabalhadores e também sobre a formação da comissão local de greve.

O sindicato esteve representado pelos diretores James Douglas Passianoto (Coordenador da Regional de Presidente Prudente), Gilberto Antônio (Coordenador da Regional de Presidente Venceslau) e Fábio Jabá (Diretor de Formação Sindical). O maior problema apontado tanto pelos funcionários da unidade quanto pelos diretores com quem os sindicalistas conversaram é a falta de funcionários. O déficit de pessoal e suas consequências são problemas comuns a praticamente todas as unidades prisionais paulistas.

A questão é muito complexa. O número de funcionários lotados em cada unidade na maioria das vezes é muito inferior à quantidade recomendada. Além disso, tem os funcionários afastados por desvio de função, por licença médica, férias, licença-prêmio... e a SAP não considera essa realidade, atendo-se apenas ao número oficial de lotação. Nem a crescente hiperlotação carcerária é considerada pelo governo - ou seja, o número de presos cresce vertiginosamente enquanto o número de funcionários nem atende o mínimo estipulado.

“Essa falta de funcionários faz com que os servidores trabalhem por dois ou por três, prejudica seus direitos a folga, e faz com que as escalas de serviço sejam cada vez mais apertadas. O pior é que isso não acontece só em uma ou outra unidade; acredito que aconteça em todas as unidades prisionais paulistas, ou pelo menos na maioria absoluta delas”, comenta o Coordenador James Passianoto.

“Contratação, através de Concurso Público, de mais funcionários é uma reivindicação permanente do SIFUSPESP. Vamos informar à SAP da situação em que se encontra a Penitenciária e reforçar a solicitação de transferência de mais servidores para trabalharem na unidade. Recebemos a informação de que o excesso de trabalho na Penitenciária de Paraguaçu Paulista e o estresse constante tem levado os funcionários a adoecerem, piorando ainda mais o déficit. É um círculo vicioso que precisa acabar”, completou o Coordenador da Regional de Presidente Prudente.

Alguns funcionários também relataram que o horário de almoço e descanso está sendo cumprido, embora em local inapropriado.

 

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