A Pastoral Carcerária defende a aplicação dos Direitos Humanos no sistema penitenciário. Os servidores do sistema, através do seu sindicato, defendem a aplicação correta da Lei de Execuções Penais. A união das duas motivações pode levar São Paulo a ter um sistema prisional mais justo e seguro. Como está hoje, o sistema é ruim para presos e para funcionários.

Partindo deste raciocínio, o sindicato vem tentando mais uma vez unir forças com a Pastoral. Nesta semana enviou um ofício onde explica os graves problemas da categoria, como a violência praticada por presos contra funcionários, o assassinato de agentes, as dificuldades da estrutura da SAP. O sindicato também pediu apoio da Pastoral para conseguir a instalação da CPI, já requerida na ALESP, para investigar os problemas do sistema.

O ofício foi entregue ontem nas mãos do Padre Valdir, que fez uma visita à Penitenciária de Valparaíso. O Diretor de Formação do SIFUSPESP, Fábio Jabá, explicou na ocasião que “a categoria tem interesse em um sistema mais humano para todos”.

Foi pedido que a Pastoral agendasse uma reunião com o sindicato para discutirem as falhas do sistema prisional paulista e como as entidades podem agir em conjunto para propor e cobrar soluções. E a CPI é, certamente, um grande passo neste sentido.

“Sabemos que toda e qualquer possibilidade de humanização e transformação para melhorar os presídios paulistas passa necessariamente por uma valorização profissional e melhores condições de trabalho dos funcionários do sistema prisional. Salientamos que os presídios hiper lotados além de ser a maior afronta à dignidade da pessoa presa contribuem em muito para piorar nossas condições de trabalho. Ressaltamos também que a falta de funcionários, problema crônico nos nossos presídios, também contribui e muito para o agravamento desta situação”, diz João Rinaldo Machado, Presidente do SIFUSPESP, no ofício.

Veja aqui o ofício na íntegra.