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A sociedade começa a abrir os olhos para o sistema prisional sob a ótica dos seus funcionários. Estudiosos têm feito pesquisas em São Paulo para investigar diversos aspectos da profissão e também dos profissionais. São psicólogos, bacharéis em Direito, sociólogos, normalmente defendendo teses de mestrado ou doutorado sobre o tema. Recentemente, a pesquisadora Vivian Calderoni defendeu sua tese de mestrado na USP com o tema “O agente penitenciário aos olhos do Judiciário Paulista”.

Como acontece frequentemente, Vivian procurou o SIFUSPESP para colaborar na sua pesquisa. O sindicato prestou as informações solicitadas e os dirigentes deram entrevistas para a pesquisa. “Colaboramos no que é possível, pois esses estudos nos dão subsídios novos para tratarmos a categoria diante da sociedade e mesmo do governo”, elogia Gilberto Machado, Diretor do SIFUSPESP cuja entrevista concedida à pesquisadora da USP foi utilizada na tese.

O tema vasculha a visão que o Poder Judiciário tem dos agentes penitenciários. Foram realizadas oito entrevistas semidirigidas com juízes atuantes em Varas de Execução Criminal do Estado de São Paulo para que eles pudessem opinar.

A partir das respostas destas entrevistas, foram obtidas dez categorias de análise: preparo, papel e formas de atuação do ASP; relacionamento entre os ASPs e o Poder Judiciário; relacionamento entre ASP e preso; relacionamento entre ASP e a direção da unidade prisional em que trabalham; probidade dos ASPs; vulnerabilidade e segurança do ASP no exercício da sua profissão; valorização, por parte do Poder Judiciário, do depoimento do ASP; condições de trabalho do ASP; fatores emocionais relacionados ao trabalho do ASP; impacto do crime organizado na atuação do ASP.

Por fim, foram identificados cinco temas principais para o problema da tese, entre eles está o respaldo dos juízes aos ASPs em relação a seu poder sobre a atuação das facções criminosas.

Um dos juízes entrevistados afirmou que “os ASPs atuam na ponta, sendo o elo de ligação entre o Estado e o preso. (...) Sendo assim, cabe ao ASP fiscalizar, monitorar e auxiliar os presos”. O que de fato é a realidade.

O SIFUSPESP solicitou à pesquisadora autorização para divulgarmos o conteúdo da pesquisa na íntegra para a categoria, através do nosso site. Assim que recebermos a resposta, que cremos ser positiva, disponibilizaremos a tese.

 

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