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Após uma semana marcada por ataques a policiais, o  policial penal Ednaldo Ricardo da Silva foi vítima de um latrocínio na madrugada deste sábado (22/3) na divisa entre Itaquaquecetuba e Suzano, região metropolitana de São Paulo. O incidente ocorreu na Estrada do Pinheirinho, próximo a um pesqueiro, quando retornava para casa. Este é o segundo ataque a policiais penais de São Paulo em menos de uma semana.

Segundo a esposa de Edinaldo que também é policial Penal e trabalha na PII de Tremembé o Diretor Geral da Polícia Penal Rodrigo Santos Andrade, se prontificou a tomar todas as medidas necessárias,tendo providenciado que sua equipe a levasse ao hospital onde o corpo do marido se encontra.  

 

Segundo informações preliminares, os 4 criminosos chegaram a roubar a moto em que o policial estava, mas acabaram abandonando em uma estrada nas proximidades.Em um vídeo de câmera de segurança no local do crime é possível ouvir um dos assaltantes falando “mata ele, mata ele”. 

Testemunhas relataram  a PM a participação de até 6 bandidos em 3 motos.

Este trágico incidente ressalta os riscos enfrentados pelos Policiais Penais, mesmo fora de serviço, e a necessidade de medidas de proteção adicionais para esses profissionais.

Infelizmente a Lei Orgânica da Polícia Penal não garantiu o acautelamento de arma e colete  balístico para os Policiais Penais, caso único entre as polícias no Brasil.

Os Policiais Penais de São Paulo enfrentam os criminosos mais perigosos do Brasil e mantém com sua dedicação o maior sistema prisional da América Latina, enfrentando uma das facções criminosas mais perigosas do mundo, é impensável que esses policiais não tenham o ampara do estado em coisas básicas como o fornecimento de arma e colete balístico.

 

Caso anterior

No domingo passado, João Sérgio da Luz, policial penal integrante do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), foi vítima de uma tentativa de assalto no Rodoanel, em São Paulo. Durante o ataque, o agente foi atingido por um tiro no abdômen e socorrido em estado grave ao Hospital das Clínicas. Ele passou por cirurgia, perdeu um dos rins, mas está fora de perigo, se recuperando.

 

Em 2024, dois policiais penais foram mortos fora do trabalho. Em menos de uma semana, em março de 2025, já foram registrados dois graves incidentes envolvendo policiais.

Segundo pesquisa da USP a violência decorrente do confronto com o crime organizado e as condições precárias de trabalho reduzem a expectativa de vida dos policiais penais de São Paulo a meros 45 anos.Além da violência, mortes devido a doenças ligadas ao estresse e suicídios contribuem para a baixa expectativa de vida. Em 3 meses de 2025 3 policiais penais tiraram a própria vida.

Frente a essa situação o sindicato mantém suas reivindicações de reposição do déficit funcional, equiparação de direitos com as outras forças policiais, principalmente nas prerrogativas e no direito a acautelamento garantido em lei. 



O Sinppenal se solidariza com a família da vítima e se coloca à disposição para ajudar no que for preciso, tendo o presidente da entidade  se deslocado ao hospital  para prestar a assistência necessária. 

 

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