Os Policiais Penais e todos servidores da SAP repudiam o marketing lascivo publicado nas redes sociais incentivando o namoro e casamento com criminosos , entendemos que existe um limite entre orientar os familiares e a população carcerária sobre seus direitos e fazer marketing aproveitando o dia dos namorados como pano de fundo.
Todos os dias saímos de casa para colocar a ordem e a disciplina nas unidades prisionais, combater o crime organizado e não compactuamos com atitudes promíscuas, corrupção ou qualquer desvio de conduta que dê conotação de regalia ou proximidade com a população carcerária.
Cumprimos nossos deveres , principalmente manter separados aqueles que cometeram crimes e aterrorizaram suas vítimas.
A SAP deve manter a ética profissional que cada servidor possui no trabalho e se ater em respeitar os princípios morais e éticos, conscientizando os familiares e a população carcerária à cumprir seus deveres, informá-los dos seus direitos , e não usar o dinheiro público que lhe é destinado para incentivar namoro e casamento com criminosos!
Sabemos o limite crucial que nossa profissão exige e lutamos para reconhecimento de toda sociedade do trabalho importante é invisível para a sociedade!
Que sejam tomadas as devidas providências que o caso requer, responsabilizados e retirado das redes sociais este post que fere a moral, os bons costumes e a imagem de todos servidores da Secretaria de Administração Penitenciária devendo a pasta manter a ética e profissionalismo que todos os servidores diariamente executam no exercício da função.
Fábio César Ferreira, Policial Penal e Presidente do Sindicato dos funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo
Abaixo a postagem da SAP
https://www.instagram.com/p/C8HvmO3xRsV/?igsh=MWhrNmdkaXA0ZXBqdw%3D%3D&img_index=1
Na tarde de ontem ocorreu a audiência pública em que o Deputado Reais apresentou o PLC 30/2024 de sua autoria.
A apresentação do PL é uma forma de pressionar o governo do estado a enviar a regulamentação para a ALESP.
Segundo o Reis o relator designado para o projeto o Deputado Conte Lopes porém, deixou a relatoria, sendo necessário a indicação de um novo relator.
Reis também destacou, que apesar de a categoria ter votado maciçamente no atual governador o mesmo tem abandonado os Policiais Penais.Deixados sem reajuste, sem contratações e sem a regulamentação da Polícia Penal o deputado frisou o abandono do segundo maior efetivo de segurança pública do estado.
Também participou o Deputado Carlos Giannazi que relembrou como a PEC da Polícia Penal só foi aprovada graças à mobilização e às inúmeras promessas não cumpridas do governo Tarcísio.
Participaram da audiência representantes de diversas categorias que fazem parte da SAP, que foram unânimes em destacar que o atual governo assim como os anteriores aposta na divisão dos trabalhadores, assim como os anteriores apostaram em dividir os ASPs e AEVPs. Os profissionais da área técnica e de saúde apontaram como caminho a sua incorporação como um corpo técnico administrativo , para evitar o atual limbo imposto pela designação genérica das leis 1080 e 1157 que sucateia as carreiras e deixa brechas para a terceirização dos serviços.
O representante dos Oficiais Operacionais motoristas destacou como o atual governo apesar de reconhecer em palavras que eles fazem um trabalho policial e de que até mesmo decisões judiciais os equiparam aos AEVPs recusa-se a integrá-los à Polícia Penal.
O Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá apontou o caminho da mobilização assim que o projeto chegar à ALESP. Também questionou porque, apesar do governo declarar que o projeto está pronto, o mesmo não foi enviado para o Legislativo.
Após as falas da mesa foi a vez do depoimento emocionante de Geraldo Arruda que teve sua aposentadoria cassada em razão da Greve de 2014, destacando que a perseguição que sofreu é uma forma de coagir aqueles que estão na ativa, para que não lutem pelos seus direitos.
A Fala do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá durante a audiência Pública
Nesta quarta-feira (12/6), na data em que se comemora o Dia dos Namorados, a SAP fez uma postagem em seu instagram com os procedimentos necessários para alguém casar-se com uma pessoa privada de liberdade.
A comunicação social de uma secretaria de Estado deve estar em sintonia com suas funções, seu papel social e o que a sociedade espera dela. Muitas vezes existem contradições entre os vários públicos atingidos, o que pode causar danos à imagem se a comunicação não for cuidadosamente balanceada.
A reintegração social é uma das funções da SAP, porém a mesma secretaria também tem que manter a segurança e a disciplina. Ao mesmo tempo que tem a função legal de restrição de direitos, tem a função de garantir os direitos que não são restritos pelos diplomas legais. O casamento é um deles.
Uma secretaria que tem funções tão sérias não pode adotar uma comunicação chamada de “biscoiteira” no jargão das redes sociais. “Biscoiteiro” é uma forma de nomear postagens que têm como foco chamar atenção de determinado público, atraindo aplausos e elogios. A expressão tem origem justamente no fato que donos de cães estimulam o animal com um petisco quando o mesmo faz o que é esperado.
Orientação ou propaganda?
Embora a postagem tivesse um caráter essencialmente técnico, a data da postagem e as imagens alusivas incorporadas a ela dão a entender que a secretaria esteja fazendo apologia ao casamento com pessoas privadas de liberdade.
Desaprovação do público interno
Apesar de dirigida aos visitantes e familiares, deve-se lembrar que o Instagram é uma mídia de alcance amplo e que tudo que é postado lá compõe a imagem pública da secretaria.
Para os servidores da SAP e para os policiais penais, chega ser uma afronta uma secretaria que, por padrão, nega solicitações de união de cônjuge (transferência do servidor para o mesmo município em que seu cônjuge trabalha) garantidas nos artigos 226 e 227 da Constituição Federal, ver tais postagens no Dia dos Namorados.
Outro fator que mostra a inadequação da comunicação é a falta de valorização do quadro funcional da Secretaria em suas mídias sociais. Frente ao maior déficit funcional da história da secretaria, os servidores quase nunca são destacados e elogiados por sua atuação muito acima do dever, coisa que é frequente nas secretarias congêneres no Brasil.
Além da pouca valorização que afeta a moral, a falta de transparência sobre processos fundamentais, como a lei orgânica ou as LPTs, também marcam não só a comunicação, como a gestão da secretaria.
Problemas são ainda maiores
Além dos problemas comunicacionais deriva-se uma série de outros problemas relacionados ao tema da postagem. A falta de espaços exclusivos para as visitas íntimas gera problemas de segurança, já tendo ocorrido diversos feminicídios nas prisões paulistas durante estas visitas.
A falta de técnicos na área de Psicologia e Assistência Social pôs fim nas entrevistas de covalidação de vínculo que serviam como um filtro para impedir a infiltração de pessoas sem laços reais com o detento no rol de visitas, existindo relatos inclusive de garotas de programa sendo incluídas em rol de visitas de presos socialmente desamparados, para o desfrute de chefes do PCC.
Outro fator que chama a atenção é a possível atração de pessoas com hibristofilia, uma parafilia que leva pessoas a serem atraídas sexualmente por criminosos, que postagens deste tipo podem causar.
Citamos este tipo de problemas pois uma das funções primordiais da Polícia Penal é a garantia da segurança da sociedade e de todos os que transitam no ambiente prisional.
Ao que nos parece, além dos gravíssimos problemas de estrutura, déficit funcional e valorização dos servidores a SAP também tem um problema seríssimo de comunicação.
Abaixo entrevista do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá sobre o assunto no programa THMAIS Região
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