O sucateamento do Estado e as privatizações tendem a transformar os serviços públicos em negócios lucrativos para empresas externas
Hoje é comemorado o dia do funcionário público. É fácil perceber como o serviço público estruturalmente vem sendo abandonado. Qualquer repartição que se conheça, seja da saúde, educação, saneamento, segurança está em estado de precariedade.
Todo Estado moderno necessita de um conjunto de organizações internas para cumprir funções de acordo com seus objetivos estruturais e objetivos que supram as necessidades de determinada época.
No caso brasileiro, por exemplo, um dos objetivos de época foi a redução e o término das populações com baixa renda e fome. E é por isso que se cria um corpo organizado, uma máquina estatal com funcionários para cumprir esses objetivos e outros, de acordo com o modelo legal de cada país.
Existem objetivos de longo prazo, como citados acima: saúde, segurança, educação, manutenção de vias pública, entre outros.
Esse corpo funcional ou funcionários públicos, para concluir suas tarefas, gozam daquilo que se chama no Direito de fé pública e por consequência estão submetidos a um regime de regras, fiscalização e controle por meio de processos administrativos, que fazem com que eles tenham um compromisso diferente dos funcionários privados que podem ser mandados embora a qualquer momento.
No caso de países como o nosso, esses modelos estão sendo substituídos por empresas de outros países e ocupam o espaço, não de organização de Estado, mas de oportunidade de negócio e sucateiam aquilo que, por um lado a sociedade reclama, mas que por outro não deixa de ser um serviço gratuito e pago pelos impostos de todos os cidadãos.
Portanto, estamos assistindo não a modernização do Estado, mas ao ataque do funcionalismo público e ao próprio Estado brasileiro, à nação brasileira. No final dos anos 70 iniciou-se esse modelo político de redução do Estado e a ocupação desses espaços por negócios externos, chamado de neoliberalismo.
Os recentes casos da prefeitura de São Paulo e a maneira com que o próprio PSDB trabalha, sem ampliar investimentos no Estado de uma forma estratégica deixa claro, inclusive observando o sistema penitenciário, a tendência de sucateamento do Estado e dos serviços públicos, combinados com a privatização de setores que não melhoram em nada as condições da população.
É hora de entender a necessidade dos investimentos no Estado, o quanto as privatizações são nocivas, não apenas ao funcionalismo público, mas ao atendimento à população nas suas necessidades. Caso não haja luta, deixaremos de comemorar o dia do funcionário público porque a função deixará de existir.
Sifuspesp participa de Ato contra o Congelamento de Investimentos e Salários que acontece nesta sexta-feira, 27/10
A concentração dos profissionais de segurança pública da Brigadeiro rumo ao ato na avenida Paulista cresce e é massiva. Cerca de 200 pessoas presentes para demonstrar seu repúdio ao PL 920/17 do governador Geraldo Alckmin(PSDB) que congela por dois anos reajustes e investimentos no serviço público. A categoria dos funcionários do sistema prisional, representada pelo SIFUSPESP caminha unida em direção à manifestação contra ao que ficou chamado de PL da Maldade.
"Nós servidores da segurança pública assim como o restante dos servidores do estado de São Paulo já estamos há mais de três anos sem aumento. Enquanto o governador afirma que a segurança é uma de suas prioridades, somos deixados de lado", afirma Fábio César Ferreira Jabá, presidente do SIFUSPESP.
O Arrocho vem de cima
Este congelamento nefasto é obra de Alckmin em conluio com o governo federal, pois não é nada mais nada menos que a versão estadual da PEC da Morte que congela os gastos federais.
Enquanto os servidores e o povo que depende dos serviços públicos são massacrados pela “falta de verbas” os governos estadual e federal gastam bilhões no pagamento de juros de uma dívida imoral que transfere nossas riquezas diretamente para o bolso dos banqueiros e especuladores.
O servidores públicos de São Paulo sabem que esta luta é de todos e o Sifuspesp estará firme nesta batalha não apenas pelo servidor, mas pela população.
Que seja o início de uma grande mobilização de todos os trabalhadores por aumento salarial e melhores condições de vida.
SIFUSPESP organiza caravanas vindas do interior e do litoral e convoca categoria a se mobilizar contra projeto de Alckmin que congela investimentos até 2020
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo(SIFUSPESP) agradece aos trabalhadores penitenciários do interior e do litoral paulista que se inscreveram para participar do Ato Contra o Congelamento de Verbas e Salários, que acontece nesta sexta-feira, 27/10 em São Paulo, a partir das 13h.
A manifestação é o primeiro movimento de rua do funcionalismo paulista contra a tentativa do desmonte dos serviços públicos promovido pelo governador Geraldo Alckmin(PSDB). O tucano enviou recentemente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) o Projeto de Lei 920/2017, que congela os investimentos feitos pelo Palácio dos Bandeirantes pelos próximos dois anos.
Por esse motivo, o SIFUSPESP convoca a categoria para que os servidores do sistema prisional se unam aos demais trabalhadores que estarão no protesto de amanhã. Os ônibus sairão de diversas cidades, e as inscrições já estão encerradas. Confira na sua sede regional os horários e locais de saídas dos coletivos para a capital.
Ponto de Encontro em São Paulo
Os trabalhadores penitenciários, policiais civis e os parentes de policiais militares(PMs são proibidos por lei de participar de manifestações) vão se concentrar para o ato em frente ao Departamento de Inteligência da Polícia Civil, que fica na rua Brigadeiro Tobias, nº 527, no centro da capital paulista, a partir das 13h.
De lá, eles seguem para se encontrar com servidores da saúde, da educação, do judiciário e de outras categorias organizadas na avenida Paulista, de onde o ato deve sair às 16h
SIFUSPESP participa de organização do ato
Nesta quinta-feira, 26/10, o diretor de Comunicação do SIFUSPESP, Elias Bittencourt, esteve reunido com representantes de sindicatos de outras categorias do funcionalismo público paulista para auxiliar na organização do ato de amanhã. Durante o encontro, ocorrido na Alesp, os trabalhadores definiram as estratégias para a manifestação, seu trajeto e também planejaram um próximo ato na terça-feira, 31/10.
Na próxima semana, os sindicatos voltarão a se reunir dentro do Fórum do Funcionalismo para avaliar a passeata desta sexta e organizar a paralisação dos serviços públicos no Estado, marcada para acontecer no dia 10/11.
Trabalhadores penitenciários e outros servidores da segurança pública, funcionários da saúde, da educação, do judiciário, do legislativo e de outras categorias exigem a retirada do PL 920/2017 da pauta da Assembleia Legislativa.
A união de toda a categoria para esta manifestação é fundamental neste momento em que é preciso enfrentar o Estado para fazer valer os seus direitos.
Contamos com todos vocês! Fortaleça a luta contra o desmonte dos serviços públicos!
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