Regulamentação do concurso de promoção para AEVPs; transferências; e outras notícias
O diretor de formação Fábio Jabá acompanhado de Nivaldo Dos Santos e Itamar Rincon Modesto.
Após receber a notícia dos trabalhadores da Penitenciária de Valparaíso de que um sentenciado havia morrido de meningite, o SIFUSPESP (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) por meio de seu Diretor de Departamento de Formação Sindical, Fábio Jabá, deslocou-se, nesta sexta-feira (09/01/15) até a Unidade Prisional em questão para verificar se todos os protocolos de prevenção à propagação da doença haviam sido tomados.
“Assim que chegamos, protocolamos um ofício para garantir a proteção do corpo funcional. Colhemos informações com os trabalhadores e a diretoria da unidade sobre a rotina do sentenciado que foi diagnosticado com a doença, para identificar quais servidores que tiveram contato próximo com o preso”, afirmou Fábio Jabá. Segundo ele, esta ação foi necessária porque aqueles que tiverem contato com alguns tipos de meningite, causadas por determinadas bactérias, podem necessitar de tratamento com antibióticos, a chamada quimioprofilaxia.
Para esclarecer dúvidas em relação as providencias necessárias a serem tomadas, Fábio Jabá, reuniu-se com o vereador e AEVP Nivaldo dos Santos e com o Diretor da Vigilância em Saúde e Epidemiológica da cidade de Valparaíso, Itamar Rincon Modesto.
Durante a reunião, Modesto recebeu a informação por telefone de que a meningite que acarretou a morte do sentenciado tratava-se da causada pela bactéria streptococos pneumonae, ou, diplococos gran +, ou seja, um tipo que não necessita da quimioprofilaxia.
O Diretor da Vigilância Epidemiológica alertou que em todo caso de meningite a Vigilância Epidemiológica deve ser notificada no ato do diagnóstico e não depois do óbito para que os protocolos devidos sejam seguidos e não haja uma disseminação da doença.
O SIFUSPESP notificará a SAP sobre o ocorrido, propondo que haja sempre curso de reciclagem para cargos diretorias em todas as áreas.
“Graças a Deus que a meningite em questão não comprometeu os trabalhadores do sistema, os habitantes da cidade e a população carcerária, mesmo sem o cumprimento dos protocolos que a doença em outros casos exige, mas ficou claro o amadorismo que paira sobre a Secretaria. Que este exemplo abra os olhos do Governo de São Paulo para que o Sistema Prisional seja tratado com o cuidado e a responsabilidade que merece, pois não só as vidas dos servidores estiveram em risco como a dos moradores da cidade de Valparaíso, também”, concluiu Fábio Jabá.
Meningite
As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos.
Além disso, o modo de transmissão se dá de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias que transportam a bactérias até as meninges, ou seja, as membranas do cérebro, onde se alojam e em pouco tempo surtem os primeiros sintomas como: febre alta, mal-estar, vômitos, dor de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas pelo corpo, sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente.
É por este motivo, que em locais de aglomeração de pessoas, como uma penitenciária, alguns cuidados devem ser tomados e observados com mais atenção. Muitos funcionários têm contato com o doente durante a tranca, escolta, entrega de alimentos e objetos pessoais aos sentenciados.
Também pela precariedade de qualquer unidade prisional, pela falta de luminosidade, ventilação, locais úmidos e fechados, em alguns casos somente o tratamento preventivo com o antibiótico adequado seria eficaz, já que impossível isolar toda a unidade prisional ou diagnosticar cada sentenciado ou funcionário que possa estar contaminado com a bactéria da meningite.
A Diretoria.
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