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Funcionário está internado na Santa Casa da cidade. É a sexta agressão ocorrida na unidade apenas em 2017

Um agente de segurança penitenciária(ASP) de 60 anos foi duramente agredido por um preso na tarde desta segunda-feira, 09/10, na Penitenciária de Lucélia. Ele está internado em estado de choque depois de sofrer diversos ferimentos na cabeça e nos olhos durante o ataque.

Diretores do SIFUSPESP irão à unidade nesta terça-feira(10/10) para dar suporte aos funcionários. O servidor perdeu muito sangue e ficou com inchaço no rosto. Foi a sexta agressão contra funcionários registrada na unidade apenas em 2017, três somente no raio 1, onde ocorreu o ataque de ontem.

O caso aconteceu quando o ASP fazia a tranca e foi surpreendido pelo detento que é reincidente em agressões contra funcionários. O sentenciado roubou-lhe as chaves e passou a atacá-lo repetidamente com golpes na cabeça, com o intuito de matá-lo.

Os colegas do ASP agiram, entrando no raio para cessar as agressões, e conseguiram resgatá-lo com muita dificuldade, já que enquanto o preso atacava o funcionário, já desacordado no chão, os outros presos atiravam objetos para atingir os demais servidores.

O Grupo de Intervenção Rápida(GIR) recuperou as chaves e evitou um motim entre os detentos.

Segundo relatos dos funcionários, os outros detentos “comemoravam” a agressão enquanto ela acontecia, o que pode configurar que o ataque foi arquitetado por todos os integrantes do raio.

A Penitenciária de Lucélia está superlotada, tendo atualmente uma população de 1.842 presos para uma capacidade de 1.440, no regime fechado, além de mais 110 no regime semiaberto, no limite de sua capacidade.

As agressões no sistema prisional paulista não param. Na semana passada, um funcionário foi atacado por um preso na Penitenciária II de Mirandópolis e outro acabou agredido por um detento do semiaberto da Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos.

 

A sede regional do SIFUSPESP da Baixada Santista exibe o filme "A Gente", do diretor Aly Muritiba, gratuitamente nesta terça-feira, 10/10, em Caraguatatuba, a partir das 19h. A exibição é uma parceria com o Instituto Federal de São Paulo de São Paulo(IFSP). 

O documentário propõe um debate sobre as dificuldades enfrentadas pelos agentes penitenciários no cotidiano do trabalho, e vai ser exibido no auditório do campus do IFSP em Caraguatatuba, que fica na avenida Bahia, nº 1.739, bairro Indaiá. Após o filme, acontecerá um debate coordenado pelo professor Dr. Ricardo Roberto Plaza Teixeira.

"A Gente" foi premiado em festivais internacionais de cinema, e é o terceiro filme de uma trilogia dirigida por Aly Muritiba, ex-agente penitenciário que atuou em uma unidade prisional do Paraná durante 7 anos. É nesta prisão que se passa o documentário, que está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.

Confira o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=2sjxlpkP7zc

Compareça!

 

 

 

 

 

Texto de José Ricardo Mesiano, secretário-geral do SIFUSPESP

 

Madrugada de sábado para domingo. Ao invés do sono, o pensamento do dia 7 para o dia 8 de Outubro agora foi voltado aos colegas de profissão que faleceram nesta última semana.

Perdemos o Medina de Mirandópolis 1, o Tião de Lavínia 2 e o Luiz Fernando de Franco da Rocha 3!!! Como pessoa solidária, me pergunto como será que estão as famílias deles nesse momento tão perverso e adverso???

Muitos do nosso meio também andam passado com a falta de sensibilidade por parte de nossas autoridades em relação às mazelas e infortúnios que assolam o exercício de nossa profissão. Falo da banalização da vida. O direito à vida é o maior de todos. A sociedade no momento só está voltada para os escândalos de corrupção e em breve na corrida presidencial de 2018.

Novamente presenciaremos um período da política onde todo mundo aparece defendendo o pobre. É a época de falar mal do banqueiro, do fazendeiro, do rico, ou seja, estão hipocritamente todos empenhados pelo direito dos aposentados, do desempregado, do sem-teto, do que paga aluguel e de quem tá na rua.

Pela enésima vez, o herói anônimo servidor penitenciário, que devotadamente serve a todos, continuará órfão e alvo da revolta dos criminosos, pagando com a própria vida através de três desfechos que se tornaram comuns no exercício de sua atividade laborativa: complicações de saúde, suicídio e assassinato.

Muito triste ter que admitir este quadro caótico onde não há espaço para morte natural por velhice. Nenhuma estratégia de eficácia comprovada é tomada pelo patronato estatal visando qualidade de vida do seu material humano condizente.

Na guerra midiática encontramos a imprensa comprada, saímos perdendo, porque não temos recursos para a propaganda do exercício da atividade policial na carceragem, bem como a aplicação da execução penal por parte do servidor penitenciário. Sem utopias, o sistema prisional paulista segue desfiladeiro abaixo, abandonado à própria sorte e acompanhado com a banalização da vida de seus profissionais.

Que Deus conforte a família dos que partiram!!!

 

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