“Reação em cadeia” promove produção de alimentos, sustentabilidade e outras ações voltadas à ressocialização dos presos e ao bem estar da sociedade
Um projeto pensado e executado por servidores do do Centro de Detenção Provisória(CDP) de Caraguatatuba, no litoral do Estado, tem promovido atividades que beneficiam funcionários , garantem a ressocialização dos detentos e fazem com que a unidade prisional seja uma referência no oferecimento de produtos e serviços para o município e para moradores de toda a região.
Com o objetivo de mobilizar os funcionários para ações que visem melhorias no cotidiano da unidade e verdadeiramente “reagir” aos problemas observados no dia a dia do local, o “Reação em Cadeia” vem construindo de forma sólida um novo modelo de organização do local de trabalho, no qual a intersetorialidade faz a diferença.
Segundo Rogério Grossi, agente de segurança penitenciária, diretor de base do SIFUSPESP e um dos idealizadores do projeto, a iniciativa “colabora para quebrar tabus antes intransponíveis, com estímulo à participação coletiva e de práticas que favorecem a eficiência e a produtividade do espaço”.
O projeto engloba diferentes frentes de atuação, sendo a “Cadeia Alimentar” o carro-chefe do trabalho que ainda possui “Cadeia do conhecimento”, “Cadeia da transformação”, “Cadeia da Sustentabilidade” e outras iniciativas que ainda serão
Cadeia alimentar - Plantar e produzir para fornecer a quem precisa
O carro-chefe do trabalho é a “Cadeia Alimentar”, uma horta para produção de legumes, verduras e temperos orgânicos. A horta fica próxima à muralha da unidade, onde fica a chamada “linha de tiro” dos agentes de escolta e vigilância penitenciária(AEVPs).
Os alimentos produzidos ali são fornecidos para a consumo dos funcionários, dos presos e também de famílias carentes e instituições filantrópicas de Caraguatatuba, que recebem as doações via Banco Municipal de Alimentos.
Mas antes de as hortaliças nascerem sob o cultivo dos servidores e dos detentos, foi preciso buscar todos os elementos que as fariam florescer. Por esse motivo, foi necessário em primeiro lugar a busca pelo mais básico deles: A terra que serviria para o plantio.
Assim, a equipe foi buscar em terrenos vizinhos, com a permissão dos proprietários, terra que precisou passar por tratamento para retirada de pragas e que depois ganhou vida por meio da utilização de adubos naturais, feitos inclusive com as sobras de alimentos consumidos na própria unidade, como cascas de ovos e de frutas, por exemplo.
Clique na foto e conheça o projeto
Quem trabalha a terra para torná-la produtiva são detentos que possuem autorização judicial para essas atividades laborais, sempre ao lado dos funcionários. Eles também produzem as mudas, feitas a partir de doações de sementes de hortaliças.
São cerca de 2.500 pés de hortaliças que devem começar a ser colhidas a partir do dia 10 de fevereiro. Mas o espaço sempre está aberto a doações, tanto vindas dos funcionários, quanto das famílias dos detentos, empresas e de entidades da sociedade civil.
Enquanto o SIFUSPESP colaborou com um conjunto moto-bomba, a Prefeitura de Caraguatatuba forneceu um técnico agrícola que ministrou um curso a todos os funcionários envolvidos no trabalho.
Plantas frutíferas variadas cujas mudas também foram doadas já começaram a produzir, em um pomar formado também pela equipe da “Cadeia Alimentar”. O suco dessas frutas já está sendo servido aos servidores no dia a dia.
Mudança de perspectivas para o servidor e a sociedade
“Essa dinâmica sustentável promovida pelo projeto, tanto do ponto de vista da utilização da agricultura orgânica como da ampliação das atividades da unidade prisional - que passa a fornecer alimentos à população de baixa renda e a ressocializar os presos por meio de um trabalho - em vez de apenas se manter como um depósito de gente, mostra que estamos no caminho certo e que essa iniciativa tem tudo para servir de exemplo para outras unidades”, explica Rogério Grossi.
Para o diretor de base do SIFUSPESP e criador do projeto, “a mudança na finalidade do que é o sistema prisional, as melhorias no ambiente de trabalho e na qualidade de vida do servidor passam, necessariamente, por uma mudança na atitude daqueles que atuam nesse sistema e desejam, para si e para a sociedade como um todo, perspectivas mais positivas diante de um cenário tão difícil que atravessamos neste momento”, finaliza.
Gilberto Antônio e Leandro Cremonez, representando o sindicato, iniciam projeto para traçar planos de ações coletivas junto dos servidores do sistema prisional
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP) representados pelo seu tesoureiro geral, Gilberto Antônio e o diretor de base Leandro Cremonez estiveram na Penitenciária de Marabá Paulista, em visita aos funcionários com o objetivo de aproximar o sindicato de sua base.
Segundo o tesoureiro, esta visita faz parte de um projeto amplo que o SIFUSPESP dá prosseguimento este ano, com mais intensidade, que são as visitas às unidades prisionais.
Este na verdade é o princípio de ação e trabalho do presidente Fábio César Ferreira, o Jabá, juntamente com sua diretoria. Jabá já possui uma história de luta, muito antes da presidência.
Ele como outros de sua diretoria, sempre estiveram presente por todo Estado, indo até as unidades prisionais, atendendo as necessidades dos companheiros de categoria, lutando para que suas demandas fossem atendidas e ajudando a fazer encaminhamentos para atendimentos judiciais. Além de estar presente em momentos de insegurança e angústia, como pós agressões de funcionários e luto.
O trabalho do SIFUSPESP é uma extensão destes primeiros passos de ação, de maneira mais abrangente e fortalecida, por estar agora à frente do maior sindicato da categoria no Estado de São Paulo e com uma diretoria com filosofia e projetos de luta.
Em Marabá Paulista, Gilberto e Leandro puderam estar perto dos funcionários, ouví-los, tirando dúvidas e aproximando-se de suas dificuldades e tomando ciência das necessidades do local.
O sindicato conheceu a nova diretoria da unidade prisional e assim como pelos colegas de trabalho, foi bem recebido.
“Este é um trabalho que continuará a ser realizado em todas as unidades de São Paulo. O Estado é grande, temos dificuldades, mas estamos nos esforçando para isso. É o momento de nos fortalecermos, nos organizando e nos unindo. Em Marabá Paulista já traçamos algumas linhas de trabalho e é disso que precisamos. Traçar objetivos a partir daquilo que os servidores nos falam”, afirmou Gilberto Antônio.
O sindicato somos todos nós!
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