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Promotoria se baseou em inquérito da Polícia Civil que colheu depoimentos de três policiais militares, do AEVP José Ribeiro Apóstolo Júnior e de homens que o agrediram para solicitar à Justiça o arquivamento da acusação de homicídio. Imagens feitas pela TV Bandeirantes ao lado do estádio Allianz Park corroboram a tese de que o servidor foi perseguido por uma turba, atacado com socos e chutes, e que sua arma só disparou e matou Dante de Oliveira Rosa após fãs do clube tentarem roubá-la. SIFUSPESP mantém campanha de auxílio financeiro para custear defesa do policial penal

 

por Giovanni Giocondo

O Ministério Público do Estado de São Paulo(MP-SP) solicitou à Justiça nesta sexta-feira(04) o arquivamento da ação que investiga o policial penal José Ribeiro Apóstolo Júnior pelo homicídio do torcedor do Palmeiras Dante Luiz Oliveira Rosa. O caso aconteceu no último dia 12 de fevereiro, em frente ao estádio do clube em Perdizes, na zona oeste da capital paulista, durante a final do torneio mundial de futebol.

Com base em inquérito da Polícia Civil, o promotor de Justiça Fernando Cesar Bolque  também encaminhou à 5a Vara do Júri da Comarca da Capital o pedido em caráter de urgência do relaxamento da prisão preventiva a que o servidor está submetido. Para o MP, José Ribeiro Apóstolo Júnior, que é agente de escolta e vigilância penitenciária(AEVP), agiu em legítima defesa ao efetuar o disparo que levou o palmeirense a óbito.

Isso porque, de acordo com os depoimentos de três policiais militares que atenderam à ocorrência, de outros torcedores envolvidos e do próprio policial penal - todos anexados ao inquérito, José Ribeiro Apóstolo Júnior foi perseguido e agredido por inúmeros fãs do clube ao ser acusado pela multidão, equivocadamente, de roubar o celular de uma mulher nas imediações do estádio, logo após o fim da partida.

Imagens aéreas feitas pela TV Bandeirantes ao vivo mostraram enquanto um homem(José Ribeiro Apóstolo Júnior) corria e tinha diversos palmeirenses em seu encalço. Na sequência, ele é derrubado e atacado com socos e chutes. Sua camisa é rasgada, e quando eles percebem que ele tem uma arma, tentam furtá-la. Não o conseguem, ele volta a correr, desta vez na direção de policiais militares, mas é novamente encurralado. O AEVP então aponta sua arma para tentar afastar os agressores, alguns deles deixam o local, mas outros permanecem.

Na versão apresentada por José Ribeiro Apóstolo Júnior e corroborada pelas imagens, pelo inquérito e pelo pedido do Ministério Público, o tiro só aconteceu quando os torcedores o cercam e tentam novamente retirar sua arma. Um único disparo é feito, atinge mortalmente Dante Luiz Oliveira Rosa, além de ferir na mão um outro torcedor, Rodrigo Diego Bachmann, que alegou que o perseguiu por “presumir” que o AEVP fosse um ladrão.

Essa ordem dos fatos foi testemunhada pelos três PMs que atenderam à ocorrência. Ao se aproximarem do tumulto, eles ouviram o estampido do tiro. Na sequência, o policial penal entrega a arma aos policiais militares e é detido. Ele permanece preso até que a investigação seja concluída, mas a partir do pedido feito pela promotoria, pode ser liberado a qualquer momento, em caso de decisão favorável da Justiça.

Como base para o pedido, o MP utiliza o artigo 25 do Código Penal, que trata do excludente de ilicitude, deixando claro que José Ribeiro Apóstolo Júnior agiu dentro da lei ao se limitar a se defender das agressões.

Neste trecho do documento encaminhado pela Promotoria à Justiça, fica muito evidente a conduta do AEVP na ocorrência:

“…o disparo foi realizado com fito de cessar a injusta agressão, que era atual, fazendo uso moderado dos meios necessários que tinha à disposição.

Frise-se que a simples exibição da arma de fogo não foi suficiente para fazer cessar a injusta agressão. Repita-se: as imagens captadas pela rede de televisão evidenciam que, por diversas vezes, o indiciado apontou a arma para seus algozes, os quais seguiam em seu encalço.

O investigado realizou um único disparo e, logo após, se aproximou dos policiais militares e entregou seu armamento.

Não se verifica, portanto, eventual excesso apto a fundamentar uma exordial acusatória.”

A íntegra do pedido pode ser acessada neste link

O sindicato também pedirá judicialmente um direito de resposta ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes. Durante a transmissão ao vivo da emissora, no dia da ocorrência, o apresentador José Luiz Datena chamou José Ribeiro Apóstolo Júnior de “bandido” e “assassino” - antes da apuração dos fatos, além de criticar a permissão para o porte de arma a policiais penais, que têm esse direito garantido por lei.

O SIFUSPESP, que desde o registro do episódio tem dado respaldo à defesa do policial penal, mantém a campanha de arrecadação para custear os advogados que atuam a seu favor. Para colaborar, basta enviar qualquer quantia usando os seguintes dados:

Vivian Santos Costa - Chave PIX: 29455889862(CPF)

Servidor tinha apenas 48 anos e sofreu uma parada cardíaca

 

por Giovanni Giocondo

Com grande pesar, o SIFUSPESP noticia o falecimento do policial penal Judenilson Alves Dias, de 48 anos.

O servidor morreu nesta sexta-feira(04), após sofrer uma parada cardíaca. Ele deixa a esposa e um filho, a quem o sindicato dedica seus sentimentos.

Lotado na Penitenciária II de Mirandópolis desde 1994, o policial penal atuava no sistema prisional paulista há quase três décadas.

Judenilson Alves Dias será velado a partir das 13h desta sexta-feira no velório municipal de Mirandópolis. O sepultamento acontecerá às 17h, no cemitério local.

Além de beneficiar ASPs e AEVPs, reajuste vale também para agentes técnicos de assistência à saúde da SAP, enquanto demais servidores da pasta só terão alta de 10%. SIFUSPESP luta pela isonomia dos índices para profissionais técnico-administrativos e operacionais que atuam no sistema prisional, defende reajuste na UFESP, fim do teto para pagamento do vale-alimentação e dos descontos na DEJEP

 

por Giovanni Giocondo

O governador João Doria(PSDB) enviou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) o Projeto de Lei Complementar 02/2022, que concede reajuste salarial entre 10% e 20% para os servidores públicos estaduais. A mensagem de Doria ao presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari(PSDB), foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira(04) e requer a urgência da aprovação da proposta pelos parlamentares.

Os policiais penais integrantes das carreiras de agente de segurança penitenciária(ASP), agente de escolta e vigilância penitenciária(AEVP), e os agentes técnicos de assistência à saúde(ATAs) terão acesso ao aumento maior, de 20% no salário-base. Já os funcionários das áreas operacionais e técnico-administrativas dos quadros da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) receberão um reajuste menor, de apenas 10%.

A partir do reajuste, o salário-base do ASP I sobe para R$1.757,86, mais o adicional de insalubridade e o valor pago pelo regime especial de trabalho policial(RETP), sendo que ambos também sofrerão aumento proporcional de 20%. O do AEVP I fica em R$1.465,90, enquanto os vencimentos dos ATAS deverão seguir a tabela da Secretaria Estadual de Saúde, uma vez que são regidos pela mesma legislação. Confira no quadro abaixo o teor completo da proposta de reajuste para as demais classes:

Para ser aprovado, o projeto de lei complementar depende do apoio da maioria simples dos deputados. Antes disso, porém, vai tramitar por três dias na pauta do dia, onde poderá receber emendas. Em seguida, segue para as comissões internas da Casa, e se for aprovado, passa à apreciação do plenário. Uma vez ratificados pela Alesp, o texto retorna às mãos do governador para ser sancionado.

 

SIFUSPESP defende isonomia de reajuste para todos do sistema prisional

Conforme já havia demonstrado quando do anúncio do reajuste por parte do governador, em fevereiro, o SIFUSPESP é favorável à isonomia dos índices que servirão para corrigir os salários dos trabalhadores do sistema prisional. Além disso, o sindicato também entende que os 20% anunciados pelo Palácio dos Bandeirantes ainda são insuficientes para repor as perdas inflacionárias da categoria acumuladas ao longo dos últimos oito anos.

Desde julho de 2014, mês em que aconteceu o último aumento real para os servidores penitenciários de São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), alcançou 55,4%. Os aumentos recentes feitos pelo governo do Estado, de 5% em 2020, e de 3,5%, em 2018, estiveram muito aquém das necessidades dos trabalhadores em virtude dessa deterioração do poder de compra.

Devido ao caráter de urgência da tramitação do PLC pela Assembleia, serão exigidas poucas sessões ordinárias para a elaboração das emendas parlamentares até a votação. O presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, afirma que o sindicato vai dialogar com os deputados para garantir, pelo menos, a isonomia do reajuste de 20% para todos os trabalhadores do sistema prisional.

O sindicato defende um diálogo amplo tanto com a oposição quanto com a base do governo na Casa, visando um bem maior, que é a concessão do aumento para os servidores. “Este é um ano eleitoral, em que os projetos devem tramitar com mais celeridade pela Assembleia, pois todos os parlamentares buscam destaque. Nosso papel enquanto representantes da categoria é fazer esse meio-campo e garantir que esses 20% cheguem ao bolso do servidor o mais rápido possível”, explica Jabá.

O presidente do SIFUSPESP ainda explicou que a categoria precisa se manter unida para participar do debate sobre o reajuste salarial com os deputados, seja por meio da presença física no Legislativo, já a partir da próxima semana - a suspensão das atividades in loco foi encerrada nesta sexta-feira - ou mesmo com a pressão sempre fundamental através de mensagens nas redes sociais e nos e-mails dos parlamentares.

 

Reajuste e fim do teto da UFESP para vale-alimentação, e fim de desconto do IAMSPE na DEJEP

Outra proposta defendida por Jabá que pode entrar em pauta na Alesp é o aumento do teto da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo(UFESP) para policiais penais que recebem o vale-alimentação. Atualmente, o valor está em 147 UFESPs. Quem recebe acima desse valor, ou mais de R$4.699,59, não tem direito ao benefício. A proposta é que esse índice aumente para 199 UFESPs, à semelhança dos policiais militares.

Em outra frente, que poderá ser construída após a aprovação do projeto de lei complementar, o SIFUSPESP deverá requerer o fim desse teto, argumentando que o vale-alimentação é ínfimo na comparação com os salários recebidos pela categoria.

O sindicato também deve reforçar na luta dentro da Assembleia a proposta de cessar a  cobrança da contribuição obrigatória para o Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual(IAMSPE), que incide sobre os valores recebidos pelos policiais penais que fazem a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Penitenciário(DEJEP).

O SIFUSPESP entende que por não ser incorporado ao salário-base e paga com natureza indenizatória, a DEJEP não pode sofrer descontos de ordem tributária, previdenciária ou mesmo de assistência médica. Em outubro de 2020, a Alesp aprovou o Projeto de Lei Complementar no 17.293, que pôs fim a esses descontos nas diárias extras percebidas por policiais civis e militares. A proposta é que uma emenda em favor dos policiais penais seja adicionada ao texto.

Todas as propostas de emendas parlamentares - aumento isonômico de 20%, reajuste da UFESP e fim dos descontos na DEJEP - serão elaboradas pela diretoria do SIFUSPESP e encaminhadas por meio de ofícios aos deputados estaduais.

O presidente do sindicato, Fábio Jabá, considera que o envio do projeto à Alesp pode ser uma vitória parcial dos servidores, mas pondera para que continuem atentos até que a votação seja concluída e outros benefícios sejam garantidos. “Merecemos muito mais pelo trabalho árduo que realizados todos os dias. Que estes 20% sejam apenas o início de outros reajustes e dias muito melhores, com mais dignidade para todos nós”, concluiu.

Confira no vídeo a seguir mais esclarecimentos sobre o projeto de lei complementar que propõe o reajuste salarial dos servidores:

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