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É com imenso pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento do Policial Penal aposentado Paulo Gomes Santiago que atuou no CDP 2 de Osasco.

Paulo se aposentou no ano passado, tendo trabalhado na função desde 1985.

Paulo faleceu na manhã de hoje 20 de Junho em Cotia, em decorrência de um infarto enquanto pilotava sua moto.

O velório de Santiago ocorrerá a partir das 10h na sexta-feira 21 de junho no cemitério municipal de Itaí.*

Neste momento de perda o SIFUSPESP apresenta suas condolências a familia, amigos e colegas de trabalho de Paulo Gomes Santiago.

 

*Informação adicionada as 8:30 de 21/06/2024

Está circulando uma notícia sobre a aprovação do projeto de Lei 2573/2021 de autoria do Senador Marcos do Val (ES) na Comissão de Segurança Pública do Senado (CSP), o projeto tem como objetivo criar o “Pacto Nacional para o Fortalecimento e a Valorização dos Profissionais da Segurança Pública”  cujo objetivo segundo o autor é “o pacto visa à melhoria da remuneração, das condições de trabalho, dos cuidados com a saúde e da formação da categoria”

O grande problema é que o pacto criado pelo projeto não estipula nenhuma medida concreta, quais os órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de nível Federal, Estadual e Municipal vão participar e nem a obrigatoriedade de nenhuma das medidas citadas e deixando a cargo dos membros do pacto a avaliação das metas que são citadas mas não definidas de forma concreta conforme indica o parágrafo único do texto.

“Parágrafo único. O cumprimento das metas do Pacto deve ser avaliado a cada dois anos, a partir da vigência desta Lei, de acordo com indicadores definidos em conjunto pelos membros do Pacto”

Ou seja, o projeto não tem o poder de alterar a remuneração e garantir as melhorias propostas.

O Relator do Projeto na Comissão de Segurança Pública do Senado (CSP) Senador Jorge Kajuru (GO) alterou o projeto para que as medidas do pacto sejam alinhadas à Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (Lei 13.675, de 2018) e ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Lei 11.530, de 2007).

Além disso, retirou a previsão de um Piso Salarial, pois não havia no projeto uma previsão de orçamento. 

Agora o PL ainda precisa ser analisado na Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir para a votação no plenário do Senado, de onde, se aprovado, irá para a Câmara.

Infelizmente, embora as intenções do Senador do Val sejam extremamente nobres, em nada vão mudar a dura situação vivida pelos servidores da segurança pública do Brasil.

(Com informações da Agência Senado).

Confira a íntegra do projeto neste link

O assasinato de dois membros do PCC na Penitenciária II de Presidente Venceslau deve servir de alerta para o Governo e as autoridades. Há muitos anos não ocorriam homicídios deste tipo no sistema paulista. O último assasinato deste tipo aconteceu em 2017, quando Edilson Borges Nogueira, o Birosca, foi assassinado em Venceslau II, após ser expulso da cúpula da facção.

Independentemente da motivação dos assassinatos recentes, a facção deixa um recado claro: o crime não mudou seus métodos de imposição de poder sobre a população carcerária.

Janeferson Aparecido Mariano Gomes vulgo Nefo e Reginaldo Oliveira de Souza chamado de Rê faziam parte da chamada sintonia restrita do PCC e foram incumbidos de sequestros e assassinatos a mando da cúpula da facção, entre os alvos estavam o Promotor Lincoln Gakiya e a Presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Norte Vilma Batista, além do ex- Ministro da Justiça Sérgio Moro.

Durante os anos seguintes à conquista de hegemonia da maior facção criminosa da América Latina sobre os internos do sistema prisional paulista, seguiu-se um período de relativa tranquilidade e redução da violência entre os internos. Esta relativa paz, conquistada com muito sangue, jamais enganou aqueles que trabalham no dia a dia, frente a frente com alguns dos piores criminosos do Brasil.

O SIFUSPESP alertou sobre a deterioração das condições de trabalho nas unidades, e o perigo do quadro de pessoal reduzido, baseado na experiência de ser a primeira entidade a denunciar o surgimento da facção. Ao invés de ouvir os alertas, os responsáveis pela SAP perseguem os dirigentes sindicais.

Naquela época, assim como agora, o Governo do Estado menosprezava os alertas do sindicato. Pessoas qualificadas como especialistas, mas que nunca viveram o dia a dia de uma unidade prisional, se apressaram em declarar que as denúncias sobre as mazelas do sistema prisional paulista não são tão graves e que a situação está sob controle.

Os sinais tão conhecidos pelos trabalhadores do sistema prisional (aumento das agressões, dos princípios de motins e tentativas de fuga) são tratados como ocorrências corriqueiras.

Os policiais penais mais antigos conhecem a frase “O clima da cadeia não está bom”. Somente aqueles com anos de experiência nas carceragens sabem o que isso significa, pois o verdadeiro policial penal desenvolve uma percepção de rotina que é diferente daqueles que, no máximo, visitaram uma unidade.

Nos últimos 18 meses, além de um aumento brutal no déficit funcional que por si só já compromete a segurança, temos a piora nas condições de trabalho, no fornecimento de itens básicos e na manutenção das unidades.

Isto tem se refletido em mais agressões a funcionários, mais princípios de motins e tentativas de fugas. Agora, voltaram os assassinatos, os famosos “acerto de contas” em meio a uma situação indefinida dentro de uma das maiores organizações criminosas do mundo, em que a disputa de poder pode desencadear uma onda de violência. Será que as autoridades vão esperar a volta das rebeliões para tomar providências? 

 

Caso queiram tomá-las, elas são: regulamentação da Polícia Penal para que seja  aberto imediatamente de um concurso emergencial para, pelo menos, 4 mil novos policiais penais (o que não cobre metade do déficit atual); concurso imediato para a área administrativa (para retirar do desvio de função de mais de 2 mil policiais); revisão da manutenção de todas as unidades do estado tanto na parte estrutural como na parte de equipamentos de segurança e melhoria no fornecimento de itens básicos para os presos a fim de diminuir a tensão nas unidades.

Estas medidas não são, no entanto, o que é necessário para melhorar o Sistema Prisional Paulista, apenas visam impedir o seu colapso.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

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