Sucateado, sistema prisional opera com um deficit de um terço da mão de obra
Em apenas 48 horas, o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantan, zona oeste de São Paulo, foi palco de duas fugas que evidenciam as fragilidades na segurança da unidade. Sete detentos conseguiram escapar da unidade de regime semiaberto no sábado e na segunda, expondo problemas críticos como a defasagem de servidores e a superlotação do local.
No sábado, dois presos conseguiram fugir após renderem os agentes penitenciários. Na madrugada de segunda-feira, outros cinco detentos escaparam. Até o momento, nenhum dos fugitivos foi recapturado.
A unidade enfrenta um enorme deficit de profissionais. Segundo dados do Diário Oficial, dos 152 servidores necessários para o bom funcionamento do CPP, apenas 92 servidores estão lotados na unidade, representando uma defasagem de 39,4%, sem contar os que estão de férias, folga e afastamentos médicos.
Essa falta de pessoal é agravada pelo desvio de função, no qual policiais penais são deslocados para cobrir a falta de servidores em outros setores. A unidade do Butantan tem apenas 4 profissionais na área administrativa e essa defasagem é preenchida com policiais penais, que deixam de atuar na segurança para exercer funções administrativas.
Sucateamento
Além da escassez de servidores, o CPP Butantan tem superlotação de 14%. A capacidade da unidade é de 1.412 detentos, mas, no dia 15 de julho, abrigava 1.616 presos. O excesso de presos não só dificulta a gestão interna, como também aumenta as chances de incidentes e fugas, uma vez que complica a já deficiente vigilância.
Recentemente, o CPP passou por reformas devido a graves problemas estruturais. No entanto, a falta de segurança externa continua sendo um ponto crítico, visto que a unidade não foi projetada como unidade prisional. A ausência de uma vigilância adequada nas áreas externas facilita a fuga de detentos, como evidenciado nos recentes incidentes.
SAP coloca a culpa de suas falhas nos trabalhadores
A alegação inicial de que houve falha por parte dos servidores merece ser questionada, minimamente pelo fato da própria secretaria permitir que postos de segurança funcionem sem o número mínimo de Policiais Penais, quando a unidade foi reinaugurada denunciamos este fato.
Como todos sabemos o acúmulo de funções prejudica seriamente a segurança de praticamente todas as unidades prisionais do estado.
A mesma Secretaria que admite o desvio de função e persegue os dirigentes sindicais que denunciam a falta de funcionários é a mesma que irá punir o Policial Penal quando ocorrer alguma falha.
A Secretaria que é conivente com o assédio moral das chefias que ameaçam com PADs e punições os Policiais Penais que se recusam a assumir mais de um posto de trabalho, é a mesma que na primeira falha provocada pela sobrecarga de trabalho coloca a culpa em falhas de procedimento, mesmo sabendo que é impossível realizar os procedimentos corretos de segurança com o atual quadro defasado, falta de equipamentos e de condições estruturais.
Diante desse cenário, o SIFUSPESP orienta que toda vez que assumirem plantões com falta de profissionais, os servidores registrem em ata a situação. Essa medida visa garantir a segurança da operação e documentar as condições de trabalho. “Isso é necessário para evitar que, no caso de incidentes graves, a falta de servidores seja avaliada como erro de procedimento, o que pode prejudicar ainda mais os trabalhadores que já estão sobrecarregados”, comenta o presidente Fábio Jabá.
É com profundo pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento aos 63 anos de Rodolfo Mansan, Oficial Operacional Motorista lotado na P1 de Lavínia, em virtude das complicações de um acidente de carro a onze dias .
Rodolfo era casado com a Policial Penal aposentada Sueli Moura da PIII de Lavínia e atuava na política a muitos anos, tendo sido Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador por vários mandatos em Lavínia.
Em sua Memória a Câmara de vereadores da cidade decretou Luto Oficial de três dias.
Neste momento de luto o SIFUSPESP apresenta suas mais profundas condolências a todos os familiares, amigos e colegas de trabalho de Rodolfo Mansan.
É com profundo pesar que o SIFUSPESP comunica o falecimento do Oficial Administrativo Leandro Cecilio do Carmo aos 49 anos na data de hoje, 15 de julho, deixando esposa e três filhos.
Leandro iniciou a carreira no Adriano Marrey em 1998. Ocupou várias diretorias de Cimic e Nimic no CDP II de Guarulhos; CPP de Tremembé, e CPP de São Miguel Paulista e faleceu devido a uma parada cardiorrespiratória durante uma internação para tratamento de saúde.
Era considerado pelos colegas como um profissional muito sério, competente e dedicado.
Seu velório será realizado a partir das 15 h de amanhã, dia 16 de julho a partir das 15h e o sepultamento ocorrerá às 17h no Cemitério da Saudade de São Miguel, Avenida Pires do Rio 1411, Jd São Sebastião.
A todos os familiares, amigos e colegas de trabalho de Leandro Cecilio do Carmo O SIFUSPESP apresenta seus votos de profundo pesar por esta perda.
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