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Lista apresenta mais de mil nomes repetidos.

No dia de ontem foi publicada a  lista de inscrições deferidas e indeferidas anexas ao Edital CCP 011/2025, uma análise rápida demonstra 10078 inscritos porém uma análise mais aprofundada feita pelo SINPPENAL achou 1013 nomes repetidos, embora com números de inscrição diferentes.

Alguns nomes chegam a se repetir 9 vezes, o mais estranho é que nomes com baixíssima probabilidade de repetição (1 em cada 100 mil pessoas) segundo uma ferramenta baseada em dados do IBGE, aparecem repetidos com o mesmo sobrenome, um nome com baixíssima incidência estatística (menos de 283 em todo o Brasil) aparece repetido com o mesmo sobrenome 5 vezes no anexo.

Risco de revisão e baixa procura

Embora a incidência de homônimos no Brasil seja alta, as discrepâncias estatísticas verificadas pelo SINPPENAL indicam que é alta a probabilidade de que o anexo tenha que ser revisado, visto que pelas regras do edital um mesmo candidato não pode ter mais de uma inscrição.

Caso esta hipótese de revisão com exclusão de inscrições duplicadas se confirme, o concurso da Polícia Penal de São Paulo será um dos menos concorridos entre as forças de segurança do país, para termos uma ideia o concurso para a Guarda Civíl de Diadema em 2023 teve 3442 inscritos para 50 vagas 68,84 candidatos por vaga comparativamente o da Polícia Penal terá menos de 9 candidatos por vaga.

Baixos salários e crise de pessoal

Na análise do SINPPENAL a baixa remuneração, escala 12/36 e o sucateamento da secretaria contribuem para o baixo número de inscrições.

São Paulo, que é o estado mais rico do Brasil, porém, paga um dos mais baixos salários do país, e o pior salário da região Sudeste. 

Em um momento em que o Sistema Prisional paulista passa por sua maior crise de pessoal esses números, mais do que serem meramente preocupantes, indicam uma crise de longa duração em nossa secretaria, causada por uma política deliberada de sucateamento da Polícia Penal por parte do Governo Tarcísio de Freitas.

É com imenso pesar que o SINPPENAL comunica o falecimento do Policial Penal Fernando Martins de Souza de 51 anos, ocorrido neste domingo (28/12).

O Policial sofreu um infarto durante o trabalho na vigilância externa na torre do CPP3 ( IPA) de Bauru.

Seu sepultamento ocorreu hoje (29/12)  no Cemitério do Jardim Redentor, em Bauru.

Neste momento de luto o SINPPENAL apresenta suas mais profundas condolências a todos os familiares, amigos e colegas de trabalho de Fernando Martins de Souza.

Nesta tarde de Natal, 3 presas do CPP feminino do Butantã agrediram uma Policial Penal e tentaram empreender fuga.

O grave incidente se deu quando três presas que estavam na cela disciplinar da unidade pediram para a Policial Penal de plantão se podiam retirar o lixo da cela.

Após a Policial abrir a cela, as três agrediram a policial, com puxões de cabelo, empurrões, socos e chutes.

Após dominarem a Policial Penal, as três presas a trancaram na cela e saíram para a área externa da unidade.

Uma foi alcançada e contida por um Policial Penal enquanto tentava pular o alambrado para a área de mata que fica ao lado da unidade. As duas restantes conseguiram pular o alambrado e acessar a mata.

Os Policiais Penais armados que estão reforçando a segurança externa da unidade saíram em perseguição das duas fugitivas conseguindo recaptura-las.

Segundo informações obtidas pelo SINPPENAL a Policial Penal agredida estava cuidando de três postos de trabalho: ala disciplinar, RO, CR e Casa Mãe. 

Segundo as Policiais Penais que trabalham na unidade é rotina a Policial adentrar a ala disciplinar sozinha, ainda segundo as denúncias os postos de trabalho são distantes um do outro e a falta de pessoal deixa as policiais vulneráveis. 


“Cadeia de Papel”

Desde que a unidade do Butantã voltou a operar após uma reforma totalmente inadequada, a unidade virou sinônimo de falta de segurança.

Logo após a reforma a unidade passou a operar como semiaberto masculino o que resultou na fuga de 7 presos e um princípio de motim em 2024. Após estes incidentes a SAP reverteu a unidade para CPP Feminino, em setembro deste ano um casal armado dominou um Policial Penal que estava desarmado e invadiu a unidade resgatando uma detenta e fugindo.

Como o SINPPENAL tem denunciado repetidamente, a unidade é estruturalmente inadequada, possui segurança fragilizada e falta crônica de pessoal.

Para termos uma ideia, uma inspeção do CNJ realizada em 03 de setembro constatou que apenas 97 policiais cuidavam de 1024 detentas, uma média de mais de 10 presas por Policial Penal. Se levarmos em conta que são quatro turnos de trabalho, a unidade opera com menos de 24 policiais por turno.

Mais uma vez o descaso do governo do estado que ignora as denúncias do SINPPENAL demonstra que a  proibição de que nossos representantes de visitarem as carceragens, serve apenas para ocultar da sociedade o caos que o Governo Tarcísio vem criando no maior sistema prisional da América Latina.